Uma pincelada de branco
Cerdas percorrendo o céu
Criam o sonho no mundo azul
Branco puro, diferente.
Nasce uma pomba, animal frágil
No meio do quadro incompleto
O Pintor acrescenta-lhe um sol
Que ilumina o frágil ser
Traz qualquer coisa no bico
A pomba, uma pincelada de verde
Ah sim, um ramo de aveleira
Símbolo de pureza, a magnifica graça
Mas o pintor solta uma lágrima
Custa-lhe pintar a verdade
Entre trémulas pinceladas
Surge algo na folhagem rasteira
Algo verde ergue-se na erva
Surge uma arma, um caçador
Este dispara uma só vez
A pomba cai, morre.