Poemas -> Sombrios : 

Sou a dor

 
Eu sou a dor
que a dor sente,
sou todo o rubror
da voz ausente,
e quando a noite desce
sou eu quem a amanhece,
novamente.

Eu sou a raiva
que me enraiveçe vivo,
sou a gadanha e gaiva
onde sangro o meu motivo,
sou a fraqueza que consome tudo,
das entranhas ao sol, o olhar mudo,
assiduamente.
 
Autor
José António Antunes
 
Texto
Data
Leituras
941
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 15/10/2008 16:49  Atualizado: 15/10/2008 16:49
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11252
 Re: Sou a dor
O teu dia nasceu cinzento
o sol deixou de brilhar no teu olhar...
O teu rosto escureceu
no teu silêncio escuta-se a dor...
as palavras de nada valem,
estendo meus braços
enrolo-os sobre ti
juntinhos ouvimos
o bater dos corações,
minhas mãos afagam
teus sedosos cabelos
meus lábios vão ao
encontro do teu rosto
onde a lágrima perdura...
Até que o sol volta a brilhar
teu olhar se enche de luz,
outra vez...
juntos sorrimos.

Beijos

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 15/10/2008 16:56  Atualizado: 15/10/2008 16:56
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: Sou a dor
É força, este seu poema.
Deslumbrante.

Gostei imenso.