Sonetos : 

SONETO DO RONCO

 
Soneto do ronco
Jorge Linhaça

Nefando ruído que tão me incomoda.
A roda dá mó é menos ruidosa
do que o som da garganta pavorosa
que ronca à noite repetida moda

Vade pois retro, qu'eu já te esconjuro;
Boca do inferno!Tormento dos demos!
Deixai-me dormir uma noite ao menos.
Por tudo qu'é sagrado t'abjuro!

Silencia, ronco de mil estertores,
Livrai-me agora desses teus horrores
Poupa-me já, aos meus pobres ouvidos

Ata a mordaça à boca nefanda
Cessa o barulho da pérfida banda
Deixai-me sonhar, sem tantos ruídos.

***

 
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Jorge Linhaça
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/10/2008 13:17  Atualizado: 21/10/2008 13:17
 Re: SONETO DO RONCO
CAro Jorge, muito interessante o soneto, com um vocabulario rico, fez o ronco ficar muito poético! Parabéns, pois acho dificil falar de certos assuntos em poema! abçs poéticos!

Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 21/10/2008 13:27  Atualizado: 21/10/2008 13:27
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 Re: SONETO DO RONCO
OLÁ JORGE TUDO BEM?
gOSTEI DESTE SONETO, ESTOU AOS RISOS,
BEM CONSEGUIDO! BEIJOS!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/10/2008 13:37  Atualizado: 21/10/2008 13:37
 Re: SONETO DO RONCO
Será ronco ou sibilo
esse estrondoso ruído?

Domingos da Mota

Gostei muito do seu "Soneto do ronco", penso publicar um a partir do seu.

Um abraço,

DM

Enviado por Tópico
FredericoSalvo
Publicado: 22/10/2008 00:04  Atualizado: 22/10/2008 00:04
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 Re: SONETO DO RONCO
Olá, Jorge!!
Vim até aqui depois de ler o soneto do Domingos. Vejo que ele teve razão em querer interagir a esse teu que ficou realmente muito bom.
Um grande abraço!
Frederico.