Sonetos : 

AO MEU FILHO

 
Tags:  amor    filho    sozinho    dorso  
 
Para te ver feliz não meço esforço,
Nem fecho os olhos frente à ventania.
Mesmo que o peso fira o meu dorso
Ou que penhore por hora a alegria,

Vou seguir certo, rompendo tudo,
Retirando as pedras do caminho.
Aos que criticam, faço-me surdo;
Aos que cercam, faço-me sozinho.

Porque por ti filho tenho sido
Tudo o que não pude ter outrora
Na aridez d’um passado vivido.

Trago no peito esse broto dorido
Que por tão grande o universo aflora
Na explosão do amor que tenho tido.


Frederico Salvo


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FredericoSalvo
 
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Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 26/10/2008 21:02  Atualizado: 26/10/2008 21:02
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11252
 Re: AO MEU FILHO
Lindo soneto escrito no pleno amor de pai.

Trago no peito esse broto dorido
Que por tão grande o universo aflora
Na explosão do amor que tenho tido.

Parabéns

Beijos

Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 26/10/2008 21:33  Atualizado: 26/10/2008 21:33
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Usuário desde: 11/09/2007
Localidade:
Mensagens: 4246
 Re: AO MEU FILHO
Fiquei emocionada amigo, porque sei que foste buscar as palavras no fundo de sua alma.
Muito lindo mesmo! Beijos!

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 26/10/2008 22:22  Atualizado: 26/10/2008 22:22
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: AO MEU FILHO
Poema maravilhoso, dedicado a um ser que vem de nós...um filho!
É um soneto com emoção.
Gostei muito.

Um abraço

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/10/2008 01:23  Atualizado: 27/10/2008 01:23
 Re: AO MEU FILHO
" Minha rosa... Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa".

"... foi o tempo que dedicaste à tua rosa, que fez a tua rosa tão importante".

(adapt.A.S.Exuperry)

Sem palavras poeta!
Gueixa.