Poemas : 

D. Sebastião

 
Tags:  história    volta    ela    rei    sebastião  
 
Ela voltará um dia.
Voltará como D. Sebastião,
A pé, suja, despida de sonhos,
Como quem se esgueirou
Da masmorra moura!

Esta é a verdadeira
História desse rei.
Não tenho culpa que ela
Tenha imitado cada passo
Da sua ignorância...

D. Sebastião, cego de soberba,
Dormente do bagaço manhoso,
Foi irónicamente o que caiu
Nas malhas dos mouros
Que só queriam o que era deles.

Não sei se ela sabia da história,
Mas como não acredito em coincidências,
Presumo que ela seja, além de imitadora,
Pouco criativa e ainda menos inteligente.
Eu bem lhe disse...

Tudo o que sobe desce,
Se hoje és servida amanhã vais servir,
Se hoje dás esmola amanhã vais pedir!
Voltarás como o rei dos reis,
A rastejar e a suplicar pelo que desprezas.




1 de Novembro de 2008
 
Autor
AntonioCarvalho
 
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Enviado por Tópico
MariaDeCarvalho
Publicado: 24/02/2010 18:46  Atualizado: 24/02/2010 18:46
Da casa!
Usuário desde: 11/03/2009
Localidade: Suiça
Mensagens: 421
 Re: D. Sebastião
Sempre disse que gostava de te ler,
mas este poema está soberbo...

Não faltam D.Sebastiões perdidos na bruma e voltam
sempre a rastejar e a suplicar o que desprezaram...

Extrêmamente bem contruido, sem precisar de rimas,
para coisa nenhuma...

Porque será que o pessoal deste site faz tanta
questão em rimar?
Um poema para ser poema têm que rimar?
A harmonia e musicalidade de um poema não chega?

O importante é que amei este poema...

Bj,
Maria