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Velhinha

 
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Quem vê aquela velhinha abandonada
Que vive naquela casa, beira estrada
Não pode adivinhar como foi no passado
Era a moça mais linda da redondeza
E hoje vive sozinha, com tristeza
Sem ter mais ninguém ao seu lado

Muitos moços ela conseguiu namorar
Houve um que chegou até a se suicidar
Mas com nenhum, ela nunca quis casar
Pensava que a beleza fosse uma glória
Mas no decorrer desta sua história
Os anos foram passando sem ela notar

Quando um dia ela pensou em casar
Não conseguiu mais ninguém encontrar
Pois a sua beleza já tinha sumido
Logo depois, morreram seus pais
E viu que o tempo leva, mas não traz
Tudo que no passado havia acontecido

Este é um bom exemplo da natureza
Tem hora para se por e tirar a mesa
Sobre os louros, nunca devemos dormir
Cada dia que passa temos que meditar
O joio do trigo, temos que separar
Na estrada temos que descer e subir

jmd/Maringá, 15.11.08



verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 15/11/2008 21:44  Atualizado: 15/11/2008 21:44
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11253
 Re: Velhinha
Um poema com uma lição de vida.



Beijos

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 15/11/2008 22:03  Atualizado: 15/11/2008 22:03
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: Velhinha
Efectivamente são os contrastes e desígnios da evolução da vida.
Seu poema aborda aspectos reais de uma forma muito bem escrita e poética sobremaneira.
Gostei imenso.
Um abraço

Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 15/11/2008 23:12  Atualizado: 15/11/2008 23:12
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: Velhinha
João,
A beleza é efémera e a solidão é um osso duro de roer.
Um beijo
Nanda