Sonetos : 

O AVESSO DAS COISAS

 
Tags:  palavra    alvorada    vertigem    ápice  
 
Onde houver luz, existirá sombra.
Habitam juntas tristeza e alegria.
O breu da madrugada que agora assombra,
Quando alcançar o ápice, será dia.

A água boa que debela a tua sede,
Passeou n’alguma nuvem, evaporada.
Esse sono embalado em tua rede
Foi vigília quando veio a alvorada.

E do nada todas as coisas surgem;
Acho o avesso quando digo uma palavra.
Houve o feio quando a boca disse: _ Belo!

Pode intensa clareza ser vertigem.
Água calma poderá ser onda brava;
Como o prego tem por oposto o martelo.


Frederico Salvo.


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FredericoSalvo
 
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Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 21/11/2008 01:17  Atualizado: 21/11/2008 01:17
Colaborador
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Mensagens: 14852
 Re: O AVESSO DAS COISAS p/ FredericoSalvo
Olá Frederico

A vida é assim... Construída em
versos e reversos dos sentimentos

Lindo soneto!

Beijinhos no coração