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PRESO À FORÇA

 



Por entre caminhos improvisados,
repletos de mato solto, que vai dificultando,
a minha passagem, e tendo por fronteira
o rio, que corre solto, suas margens,
cheias de galhos secos e pedras,
tento achar uma aldeia, onde as pessoas,
me aguardam, de braços abertos,
levando-me para dentro de suas casas,
e, sentando-me, em mesas rudimentares,
enfim alimentar-me, bebendo do bom leite.

Encontro-me em fuga, num país estrangeiro,
apenas por inaptidão, aos costumes
do país em questão.
Assim resolvi fugir, do imenso castelo,
saltando uma janela aberta, para a noite e
para o total desconhecido, com vozes
conhecidas no meu encalço, chamando por
meu nome, em vão.

A essa altura já eu tinha escolhido a linha do
comboio, pois sabia, que iria dar a algum lado.
Mas minha visão era parca,
pela inexistência, de qualquer luz, e, aqui e ali,
por tremendos sustos passei, ao sentir
animais selvagens, no restolho, e, veio o
medo, de poder vir a ser atacado.

Entretanto apercebi-me, de um monte, repleto
de árvores, e resolvi desviar meu caminho
e subir, até ao seu cimo, e, aí, fiz minha cama,
até o sol surgir, pela manhã.
Descendo o monte, encontrei um carro,
como uma jovem da terra, que, sem preconceitos,
um lugar em seu carro, me dispensou,
dirigindo-se, para o centro principal, da aldeia.

Já aí, e, depois, de me ter pago o pequeno-almoço,
fui falar com os vários camionistas, que ali se
encontravam. E, de fala em fala, consegui que um
deles me levasse, até à estação de comboios,
mais próxima. Pessoa afectuosa, conversamos todo
o caminho, chegando a Montpellier. Descendo
agradeci e fui comprar meu bilhete, de regresso a casa,
até ao meu querido e excelso Portugal.

Jorge Humberto
28/11/08



 
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jorgehumberto
 
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Enviado por Tópico
isabel santos
Publicado: 29/11/2008 20:45  Atualizado: 29/11/2008 20:45
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Que viva o nosso PORTUGAL