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Encontro na solidão...

 
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Caminho, numa inundação populacional imensa
Embora o seu tamanho, vivo sozinho na minha sentença
Escassos os que entendem, diminutos a meu ver
Poucos os que se aproximam, apenas para me conhecer

Existe um cerco á minha volta, que ninguém consegue ver
Muito menos mover, tentar entrar é caminhar no morrer
Não… Existe um coração de 10 quilos, com capacidade infinita
Magoado, de ser aleijado, pela pessoa que o estica

Há minha frente vejo alguém, caminhando como eu
Rosto invadido por lágrimas, que o coração verteu
Ninguém viu, ninguém percebeu, ninguém mais do que eu
Todos preocupados apenas com o mundo que é seu

“Olá porque choras? Quem és tu, quem sou eu?”
“Obrigado por seres o único a entrar neste mundo que é só meu”
“Só faço o que acho certo, o que ninguém mais viu
Teu rosto é tão belo, invadido pela lágrima que partiu”

“Porque choras? O que faz tuas lágrimas mover?
Será a solidão de não ter, ninguém para nos compreender?
Será o facto de o teu mundo, precisar de expressão?
Será o facto de guardares peso a mais no coração?”

“Como me compreendes, se nunca ninguém o fez
Parece que me conheces, e tens resposta a todos os porquês
Sim é isso que sinto, como sabias que o sentia?”
“Pois já o senti e tua cara, não me mentia”

“Um passo de cada vez, como qualquer dia
A vida é dura, mas apresenta sempre mais que uma via
Um dia, o dia em que percebi que sofrias
Que ninguém via e que tu própria não vias”

Saí, abandonando a multidão
Saí, novamente para a escuridão
Saí, sem ser simplesmente em vão
Saí, com mais um quilo no coração.

 
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Vigilante
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