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Dívidas

 
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Perguntei a um transeunte triste
Que por aquela rua sempre passava
Por qual motivo parecia-me aflito
E qual o grande mal que lhe pegava

Este me respondeu muito zangado
- Eu estou devendo mundos e fundos
E mesmo que venda o angariado
Não vai dar para pagar todo mundo

Eu disse ao pobre homem devedor
Não diga nunca que não irá pagar
Diga que com o tempo vai saldar
Com a devida correção, todo valor

Aí ele me respondeu perguntando
- Se tudo que ora eu estou devendo
Não conseguir pagar até a morte
Que farei quando estiver morrendo

Eu disse: - Fique tranqüilo na vida
Se você quis pagar e não conseguiu
Nunca desviou nada e não mentiu
A sua morte vai pagar toda dívida.

jmd/Maringá, 01.12.08


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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