EGO
“Que triste sina ver-me assim,
Que sorte vil degradante”.
São palavras que passam por mim
Neste momento desesperante.
O poeta que em mim fala
E desperta a atenção de quem o lê,
Solta a voz que não cala
Aos olhos de quem não vê.
Desespero na minha voz
Aclamando a vitória,
Em mil momentos sós
De uma vida que não tem história.
Sonhos de um momento
Que vagueiam na emoção
De um mundo ciumento
Como é o da ilusão.
Artigos indefinidos,
Verbos sem sinónimos,
Textos que andam perdidos
Espalhados em sentimentos íntimos.
Insensatas palavras
Escritas e sem futuro,
Na terra que tu lavras,
Nas letras que eu murmuro.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma