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Acende a última noite

 
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Acende a última noite
Do meu pesadelo
Apaga a escuridão
Do meu medo
E mostra-me a luz do dia.
Toma conta da minha força
Destrói a minha imagem
E constrói o que sou
Fora deste mundo
Que criaram para mim.

Ilumina a minha vontade
Com a ténue luz da verdade
Onde os instintos mesquinhos
Da nossa realidade
Tornam negros os desejos
Da alma branca.

Ama-me com a maior
Simplicidade que possas conseguir
E faz-me sentir
Que sou apenas mulher
E que tu és o caminho
Por onde quero ir.

Toma conta de mim
Meu amor,
Não me deixes continuar a lutar
A favor desta corrente
Onde me querem amarrar.

 
Autor
MariaSousa
 
Texto
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1761
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/12/2008 20:01  Atualizado: 10/12/2008 20:01
 Re: Acende a última noite
"Destrói a minha imagem
E constrói o que sou
Fora deste mundo
Que criaram para mim."

Seu poema tem a força da infinita luz que permeia a alma qdo ela está no seu estado mais puro. Temos o "vicio" de ficar construindo imagens nas pessoas de acordo com nossos julgamentos, mas esquecemos que todos tbm fazem isto conosco. Apenas nosso Eu Superior, pode construir o que realmente somos, ninguém mais.

Adorei ler, bjos e parabéns pelo seu livro!

Enviado por Tópico
jaber
Publicado: 10/12/2008 20:30  Atualizado: 10/12/2008 20:30
Membro de honra
Usuário desde: 24/07/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 2780
 Re: Acende a última noite
nadar contra a corrente é um designio que todos queremos atingir, mas dificil...mas não será o mais dificil o mais saboroso?

(aproveito para te cumprimentar pela edição do livro, o teu prefaciador favorito convidou-me mas foi-me de todo impossivel, mas já me deu uma amostra desse teu lindo trabalho...)

Beijo Maria




Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 10/12/2008 21:31  Atualizado: 10/12/2008 21:31
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: Acende a última noite
"Ama-me com a maior
Simplicidade que possas conseguir
E faz-me sentir
Que sou apenas mulher
E que tu és o caminho
Por onde quero ir. "

Lendo-te, fico sempre com a certeza de que és seguramente uma poetisa que se exprime com alma!
Mais um bonito poema, Maria.
Vóny Ferreira

Enviado por Tópico
Gothicum
Publicado: 10/12/2008 22:46  Atualizado: 10/12/2008 22:46
Da casa!
Usuário desde: 21/09/2008
Localidade: Galáxia de Andrômeda
Mensagens: 427
 Re: Acende a última noite
"A alma sensível é como harpa que ressoa com um simples sopro."
(Beethoven)


...e a sua, para escrever como escreve, é sem dúvida sensivel. Abraços.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/12/2008 23:24  Atualizado: 10/12/2008 23:24
 Re: Acende a última noite
Maria, gostei imenso de ler o teu poema,
Profundo e apaixonado...

beijinhos

Luisa Raposo

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 10/12/2008 23:32  Atualizado: 10/12/2008 23:32
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: Acende a última noite
Belo poema.

Adorei lê-lo.

Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 11/12/2008 10:10  Atualizado: 11/12/2008 10:10
Membro de honra
Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: Acende a última noite
Tomar conta de ti será certamente um prazer e desnecessário tão terno pedido.
O poema é belíssimo Maria! Para ler e reler...

Beijo grande

Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 11/12/2008 19:43  Atualizado: 11/12/2008 19:43
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4038
 Re: Acende a última noite
Muito obrigada Amigos!

Este poema tem já alguns anos, mas é um dos que mais gosto.

Bjs

Enviado por Tópico
Margô_T
Publicado: 23/08/2016 15:47  Atualizado: 23/08/2016 15:49
Da casa!
Usuário desde: 27/06/2016
Localidade: Lisboa
Mensagens: 308
 Re: Acende a última noite
Acender a noite, apagar o pesadelo… extinguir a escuridão do “medo” para se ver “a luz do dia”.
Recuperar a “força”, destruir a “imagem” e Ser - Ser o que se é verdadeiramente “fora deste mundo/que criaram” para nós.
Sentir a “vontade” e, “com a ténue luz”, apagar também a realidade que torna os “desejos” da “alma branca”, imaculada, “negros” como a noite.
Amar os gestos simples, ser “apenas mulher” e, sendo-o, ser o que se quer ser neste “caminho”, sentindo “a luz do dia” sobre nós.
Lutar contra a corrente e não “a favor” dela - para não sermos o que “criaram” para nós... o que nos “querem amarrar”.

Bela esta força nos teus versos que permite que a simplicidade nos tome com essa “ténue luz” que nos guia para dentro e não para a corrente dos dias sempre iguais...

Cá ando eu a rever os poemas com que te conheci… Não resisto a esta viagem no tempo.
E sabe-me tão bem…


Beijinhos