Poemas : 

CARA E COROA

 
<a href="http://plugin.smileycentral.com/http% ... %253Dprof/page.html" target="_blank"><img src="http://smileys.smileycentral.com/cat/16/16_14_21.gif" alt="SmileyCentral.com" border="0"><img border="0" src="http://plugin.smileycentral.com/http% ... e.gif"></a>
A roseira que odoriza
Também pode perfurar;
O vento que refresca
Também pode derrubar;
<a href="http://plugin.smileycentral.com/http% ... %253Dprof/page.html" target="_blank"><img src="http://smileys.smileycentral.com/cat/16/16_4_23v.gif" alt="SmileyCentral.com" border="0"><img border="0" src="http://plugin.smileycentral.com/http% ... e.gif"></a>
A luz que ilumina
Também pode ofuscar;
A paixão que arrebata
Também pode sufocar;
<a href="http://plugin.smileycentral.com/http% ... %253Dprof/page.html" target="_blank"><img src="http://smileys.smileycentral.com/cat/16/16_4_51.gif" alt="SmileyCentral.com" border="0"><img border="0" src="http://plugin.smileycentral.com/http% ... e.gif"></a>
O fogo que acalenta
Também pode queimar;
A mão que acaricia
Também pode espancar ...



PERFIL

Não sou lindo.
Não sou lenda.
Mas sou ledo.

Penso muito.
Falo pouco.
Desde cedo.

Renego a morte.
Desprezo às trevas.
Odeio a dor.

Aprecio a vida.
Gosto da luz.
Amo o amor.

 
Autor
Vadevino
Autor
 
Texto
Data
Leituras
688
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/12/2008 21:42  Atualizado: 22/12/2008 21:42
 Re: CARA E COROA
O horizonte das palavras

Sem direcção, sem caminho

escrevo esta página que não tem alma dentro.

Se conseguir chegar à substância de um muro

acenderei a lâmpada de pedra na montanha.

E sem apoio penetro nos interstícios fugidios

ou enuncio as simples reiterações da terra,

as palavras que se tornam calhaus na boca ou nos meus passos.

Tentarei construir a consistência num adágio

de sílabas silvestres, de ribeiros vibrantes.

E na substância entra a mão, o balbucio branco

de uma língua espessa, a madeira, as abelhas,

um organismo verde aberto sobre o mar,

as teclas do verão, as indústrias da água.

Eu sou agora o que a linguagem mostra

nas suas verdes estratégias, nas suas pontes

de música visual: o equilíbrio preenche os buracos

com arcos, colinas e com árvores.

Um alvor nasceu nas palavras e nos montes.

O impronunciável é o horizonte do que é dito.



António Ramos Rosa
ACORDES, QUETZAL EDITORES, 1990, 2ª EDIÇÃO, P. 81



Este comentário é simplesmente a minha oferta de Natal.

Beijos

Feliz Natal