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Quando eu morrer

 
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Quando eu morrer soltem o meu cachorro
Não quero que me veja inerte no caixão
Não poderei dá-lo mais nenhum socorro
Nem recompensá-lo pelo que fez de bom

Deixem ele caminhar pelos campos afora
Deixem ele ficar livre para poder caçar
Pois quando chegar a minha triste hora
Não quero que minha falta possa notar

Talves ele possa viver dias mais felizes
Correndo pelos campos atrás de perdizes
E conseguir um lugar melhor para morar

Se um dia, em voltar, sentir necessidade
Poderá, neste caso, realizar sua vontade
E então, a minha ausência nem vai notar.

jmd/Maringá, 10.01.09


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 11/01/2009 00:02  Atualizado: 11/01/2009 00:02
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: Quando eu morrer p/ João Marino Delize
Caro amigo poeta

Mesmo que da vida parta muitas saudades
deixará qualquer ser vivente e o cachorro
por mais que pensemos que não ele é um amigo
leal e com certeza será um dos que mais
sentirá´falta do dono...Gostei

Um lindo e amoroso ano de 2009

Beijinhos no coração

Enviado por Tópico
Fhatima
Publicado: 11/01/2009 01:53  Atualizado: 11/01/2009 01:54
Membro de honra
Usuário desde: 12/02/2008
Localidade: Joinville - SC
Mensagens: 3336
 Re: Quando eu morrer
João Marino,

Teu poema exprime uma certa amargura, mas acredito que os animais jamais deixaram de nos amar. Lindo seu texto porém triste.

Parabéns e um bom final de semana.

Fhatima

Enviado por Tópico
MERCEDES PORDEUS
Publicado: 26/01/2009 15:24  Atualizado: 26/01/2009 15:24
Muito Participativo
Usuário desde: 13/01/2008
Localidade: Recife
Mensagens: 72
 Re: Quando eu morrer
Comovente poema João.
Esse amor explícito pelo melhor amigo do homem.
Lindo e de muita sensibilidade.
Abraços frtaernos