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Intempéries ciclónicas

 
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As lágrimas secam-se no lago do olhar
Vidas, enredos, sentires, reflexões
Perdidos na brevidade do tempo sem fim
Esgares pulsáteis de vivências
Presentes no presente adivinhado
Lógico nos meandros desenrolados
Nas relações edificadas
Da culpa dual de seres carentes
Divergentes na união intemporal
Vidas angustiadas, desprotegidas
Vulneráveis ás intempéries ciclónicas
Dos eus reflexivos e fatigados de lutar

Sem armas, sem vontade de vencer
Abandonam-se à falta de ambição
Em reconstruir o tempo
No tempo que corre sem tempo
Olvidam-se passados vividos
Num futuro desconhecido
Somente a sobrevivência persiste
Nas almas amarguradas de sentir.

Escrito a 24/0109
 
Autor
Liliana Jardim
 
Texto
Data
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/01/2009 23:59  Atualizado: 25/01/2009 23:59
 Re: Intempéries ciclónicas
Liliana,
Que poema bonito e sensível!Como em tudo que escreves, tem o toque que abrange dos nossos sentires aos pensares.Guardo na minha pasta cor-de-rosa!
Bjins, Betha.

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 26/01/2009 00:11  Atualizado: 26/01/2009 00:11
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: Intempéries ciclónicas
"As lágrimas secam-se no lago do olhar
Vidas, enredos, sentires, reflexões
Perdidos na brevidade do tempo sem fim
Esgares pulsáteis de vivências"

O poema começa forte e triste e leva-nos até ao submundo onde só a reflexão nos permite ter a amplitude do pensamento e do que certamente te ia na alma quando escreveste o poema.
Quero testemunhar-te inequivocamente a admiração que tenho pelo que escreves, Liliana, pela tua enorme sensibilidade.
Também guardarei este oema nos meus favoritos.
Bjs e toda a Paz do mundo para Ti!
Vóny Ferreira

Enviado por Tópico
cleo
Publicado: 26/01/2009 11:07  Atualizado: 26/01/2009 11:07
Usuário desde: 02/03/2007
Localidade: Queluz
Mensagens: 3731
 Re: Intempéries ciclónicas
É... a vida está repleta de ventos ciclónicos que nos varrem os sorrisos e nos fustigam os sentimentos.

Mais um daqueles poemas teus, que nos deixam a reflectir.

Adorei, amiga!

Beijo

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/01/2009 11:48  Atualizado: 26/01/2009 11:48
 Re: Intempéries ciclónicas
E o que somos nós neste mundo errante? Almas em constante renovação...

Muito bom este poema

abraço

Enviado por Tópico
MartaVasil
Publicado: 26/01/2009 14:37  Atualizado: 26/01/2009 14:37
Da casa!
Usuário desde: 30/11/2008
Localidade:
Mensagens: 215
 Re: Intempéries ciclónicas
Liliana

Assim somos... vulneráveis às intempéries! E ainda bem que assim somos, para que nos possamos edificar fortemente na persistência do sobreviver, melhor,

Beijinhos

Marta do VIVER.

Muito belo e profundo este seu poema!

Enviado por Tópico
Ramgad
Publicado: 26/01/2009 15:18  Atualizado: 26/01/2009 15:18
Colaborador
Usuário desde: 13/04/2007
Localidade:
Mensagens: 930
 Re: Intempéries ciclónicas
Bonito poema, belas palavras. A ambição na medida certa nos faz bem.

Abs
Ramgad

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/01/2009 17:01  Atualizado: 26/01/2009 17:01
 Re: Intempéries ciclónicas
Sublime...!

Beijo

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/01/2009 02:25  Atualizado: 01/02/2009 02:46
 Re: Intempéries ciclónicas
Numa palavra: S U B L I M E !


BEIJO AZUL...SEMPRE!

Enviado por Tópico
PAULOMONTEIRO
Publicado: 30/01/2009 23:38  Atualizado: 30/01/2009 23:38
Muito Participativo
Usuário desde: 23/07/2008
Localidade:
Mensagens: 92
 Re: Intempéries ciclónicas
prezada liliana
o tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem o tempo respondeu pro tempo que tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem
é um trava-línguas do folclore brasileiro
experimenta repeti-lo cada vez mais rápido
vox populi voz dei
um grande e fraterno abraço do
paulo monteiro

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 30/01/2009 23:50  Atualizado: 30/01/2009 23:50
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: Intempéries ciclónicas
Liliana,

Sublime, sem dúvida.

Bjs

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/02/2009 01:46  Atualizado: 01/02/2009 01:48
 Re: Intempéries ciclónicas
"Abandonam-se à falta de ambição em reconstruir o tempo"

na característica da tua escrita, o tempo certo e sensível expressado em versos da solidão a dois de almas amarguradas.

bom te ler Liliana
um beijo, fraterno abraço Poetisa.
Silveira