Sonetos : 

6º Soneto

 
Venho refugiar-me aqui,
No mau tempo do teu olhar
A soprar o vento por ti
Dobrando as ondas do mar

Gravo neste chão de terra
As mágoas de me calar,
Desta vida feita guerra
Que de amor há-de matar

Prende-me nas teias desse coração
Desenhadas em letras perdidas
Nas gastas franjas da recordação

Liberta-me das palavras escondidas,
Grades qu'em mim inventam solidão,
Páginas rasgadas de poesias sentidas.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Antónia Ruivo
Publicado: 29/03/2009 10:23  Atualizado: 29/03/2009 10:23
Membro de honra
Usuário desde: 08/12/2008
Localidade: Vila Viçosa
Mensagens: 3855
 Re: 6º Soneto
Soltas as amarras da imaginação e soltas palavras no vento como quem solta balões de mar num misto de dor, beijinhos


Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 29/03/2009 12:30  Atualizado: 29/03/2009 12:30
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: 6º Soneto p/ Alemtagus
Querido amigo Alemtagus

Soneto triste e belo
Gostei imensamente

Beijo doce n'alma


Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 29/03/2009 12:45  Atualizado: 29/03/2009 12:45
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: 6º Soneto
Alemtagus,
Um soneto onde o poeta se liberta das amarras e solta os sentimentos reprimidos.
Maravilhoso.
Bj
Nanda


Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 29/03/2009 15:38  Atualizado: 29/03/2009 15:38
Colaborador
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Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: 6º Soneto
o seu refúgio no olhar e no sopro do vento, resultou neste soneto supremo, libertando as palavras em poesia sentida e escancarada!
lindo!

Maria verde


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/04/2009 17:40  Atualizado: 01/04/2009 17:40
 Re: 6º Soneto
Por aí onde se ouve o vento,
e se escreve com essa doçura,
o mau tempo há-de passar

Por aí onde ele sopra sem parar...


Bjs