Está na hora de sair da idade média

Concordo em absoluto!
Há dias enviei um poema que começa assim:

Se ouvires dizer que morri
Não tenhas pena nem chores
Não me elogies nem dês flores
Nem lamentes se parti...

Parece-me que vai ao encontro do seu texto.
Gostei bastante,parabéns

célia

Quando li sua crônica não me contive em comentar.
Concordamos perfeitamente em alguns pontos: também não acredito em papai Noel, demônios ou Adão e Eva, assim como várias metáforas bíblicas que tentam nos incutir ao longo dos anos. Não que eu não creia nos ensinamentos lá contidos, mas, convenhamos, a tradução em alguns pontos é, no mínimo, fantástica!
Bem, vamos aos pontos discordantes (se me permite assim me referir).
Por razões práticas eu jamais guardaria urnas funerárias em minha casa; uma delas você já citou – carunchos; outras: eu necessitaria de mais espaço em minha já exígua residência; os gastos com manutenção seria acrescidos de flanelas, lustra-móveis, mão-de-obra (sem contar a total falta de cooperação da minha secretária doméstica, tenho certeza), espanadores e afins.
Foi mesmo uma excelente idéia deixá-las com o Sr. Luiz!
Não acho uma boa idéia os óculos escuros. Parece-me aqueles que se escondem atrás das lentes escuras para uma boa soneca enquanto o resto do mundo cumpre a trajetória do resto do mundo, o que não é seu caso.
45 graus não é lá nem cá. Ou você deita como um bom defunto ou você fica em pé, o que lhe daria uma imponência maior.
Não adianta querer que o ambiente seja descontraído. Isto está além de sua vontade. Queira você ou não, alguns vão chorar (e nem será por você, mas por eles mesmo que estarão privados de você), outros vão contar piadas, lembrar de algumas de suas histórias divertidas.
Por fim, duas coisinhas que concordamos: nada de algodão e muito perfume.
Defunto perfumado é outra coisa!

Meu caro, parabéns pela crônica!
Alguns acharão um contra-senso, outros assinarão em baixo. Vou optar pelo meio termo.

Abraços.
Arlene

Poeta
Achei engraçado! Não consigo ver a morte como algo bom. não gosto de pensar nela e se for de alguém que eu amo pior ainda. Odeio velórios e enterros, e choro na hora que carregam o caixão do velório para o enterro, durante e após o sepultamento. Triste demais, a depender do grau de intimidade com o defunto, talvez seja impossível sorrir, qualquer piada perderia a graça! Um amigo certo dia me disse que algumas mortes eram lindas( mortes de pessoas centenárias), não concordei muito, mas se for para pensar tranquilamente em morrer que seja a partir dos 100, aí eu faria alguns pedidos também, nada de velas, muito perfume, queria muita maquiagem( ficar uma diva, nada de ficar uma defunta esverdeada ou pálida), queria minhas músicas preferidas para escutar durante o velório e enterro, nada de padres ou pastores nem terço, muitas rosas, mas que sejam vermelhas, adoro rosas vermelhas. Seria interessante que minha urna já tivesse paga para não dar trabalho e despesa para os parentes.
Beijos!
Janna

Antonio, parabéns pela crônica, claro que nem em tudo eu concordo, mas ficou fantástica.
Você conseguiu fazer de um momento triste uma piada.
Fica aqui minha admiração por um excelente escritor.
Bj.
Branca