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Réstia de Ironia

 

Réstia de Ironia

Quem – mas quem sou eu afinal?
Que origem me vem escrita no sangue,
Que misteriosa fonte dita o homem?
- Em que prodigioso manancial
sorveu ele a vida e brotou o Amor?

Morará o meu princípio no Acaso
Filho de matéria inerte e da noite,
Por seu turno saídos do nada?
- Será que por detrás dos ventos se acoite
Portentoso Zero que à vida deu azo?

Ao nada rendo a minha homenagem
E em nome do Ser a gratidão
- Não foras tu ó grande Ausência
Que em arroubo de dantesca potência
O mundo arrancaste à eterna solidão!

Obrigado oh Nada pelo teu cuidado
Em dares vida ao vazio imenso.
-Que ondas do mar te inspiraram
- Que estrelas porventura te levaram
A dares provas de tão esplendoroso senso?! (…)




Nota:
Confrontando-me frequentemente com excelentes trabalhos de companheiros da Luso-Poemas, entendo dever esclarecer o seguinte: para além da minha modesta participação, cometerei a injustiça de ser escasso nos meus comentários. Acontece que me confronto com uma extrema dificuldade de visão que me força a ser sóbrio em tudo o que reclama o uso dos meus frágeis olhos. A vossa compreensão e o meu obrigado.
Antónius


 
Autor
luciusantonius
 
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