Comparo a vida com as teclas do piano
Por vezes, com dias claros
Intercalados com dia negros
Ouço tocar a melodia do meu medo,
Escuto uma voz que sussurra
E que me tenta contar um segredo.
Tento fugir de notas baralhadas
Por mais que suba,
Não vejo o fim das escadas.
Cordas prendem-me à parede
Grito, tento escapar e de repente...
Tudo à minha volta cede.
Ouço ao longe o som do novo erguer,
Levanto-me com o objectivo de não me perder
Sei que não posso evitar o sofrimento,
Mas algo não sai do meu pensamento.
Sei sempre o que faço,
Se desistir?
Já estou a meio caminho para o fracasso.