a cara limpa...
um sopro de solidão...
a angustia que perpetua um sorriso flácido...
a crendice na propria ignorancia...
a transcedental aparencia
de que tudo vai bem...
e vai...
não se sabe pra onde...
não se sabe pra que...
é uma prisão que nem cabe na palma da mão...
é menor que a própria alma...
a arrogancia dos tolos...
a indepencia da sabedoria desconhecida...
a liberdade
como seria se não fosse coisa séria...
uma palavra de amor
que fere a altivez...
santa humildade...
paira sobre o encanto...
o manto que nem é santo...
mas que de fato
nos mostra quem realmente somos...
"Há poemas ininteligíveis nos seus elementos, porque só o poeta tem a chave que o explica; mas a explicação não é necessária para que pessoas dotadas de sensibilidade poética penetrem na intenção essencial dos versos"
Manuel Bandeira
Escrevi para um de meus sobrinhos... perdido na doce ilusão de que tudo pode... até mesmo perder a vida...