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Sentidos Proibidos

 
Ouço o som leve
que a tua mão
matinal
soletra
ao pousar no
meu corpo,
descansado,
inerte,
enquanto absorves
as gotículas
que sobram do
festejo do amor.

O teu olhar diz-me
quando insistes em
usar a palavra
mentira e desvio
os olhos para não
ver a fuga que
desenhas em cada
minuto do silêncio
que empurras
para mim.

Não discuto mais
essa definição
para a qual gosto
de inventar camuflagens
de edredons que
possam disfarçar desejos
e encobri-los
dos olhos desse mundo,
que vigia todos
os que passeiam de
mão dada por
caminhos de sentido
proibido.

Não descanso,
enquanto as palavras
se tornam
desnecessárias,
afundadas,
em lamentos de
frases vigiadas.

A estranheza
tempera com nervosismo
a tua voz e
reflecte-se na cor
da musica que
os teus passos
trauteiam discretos,
pelos caminhos onde
nos encontramos
às escondidas.

E vou cortando em
fragmentos de segundo
os pedaços do tempo
que demoro a fixar
o recorte do teu rosto.


Reflexos

 
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Reflexos
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