Poemas -> Dedicatória : 

ENTRE ALGUM LUGAR(ODE A WALLY SALOMÃO)

 
 





Vérvico galopar
Entre o poroso e o hermético:
Sua mente flui, reflui
Pelas alamedas, ribanceiras
Cordilheiras do Clássico,
Do Moderno e pare, assim,
Um Autêntico Contemporâneo


Fazer Poético
Cosmopolita, Latinoamericano,
Brasileiro, Nordestino, Baiano,
Plenitude do Universo retroagindo-se e se açambarcando!


Seu verso cavalga
Pela estrada da reflexiva,
Filosófica, sonora,
Jocosa, prosódica,
Culta, dionisíaca,
Difusa, diáfana,
Ferina, aquática, sábia,
Copiosa, prolífica, ígnea,
Reta,
Obliqua,
Acuidosa,
Expedita,
Gostosa,
Dúctil,
Livre,
Liberta,
Libertina,
Geral Geleia,
Gelatina,
Eclética,
Ladina Metalinguagem.


Seu poetar codifica e decodifica
A Metalinguagem.
Seu poetar
Penetra e ejacula a Metalinguagem.



Seu poetar
É a Metalinguagem
Que vocifera
Contra a lepra qual acomete e devassa a emoção
E contra o vírus
Da hipocrisia, da miséria, da vácua poetização!


Seu poetar
É a Metalinguagem
Que afaga, fecunda e soca
A janela da intimidade:
Expondo eloquentes aquarelas
Da introspectiva realidade.


Seu poetar
É a Metalinguagem
Que rompe e carcome
O indestrutível cadeado
Das senzalas da Palavra.


Seu poetar
É a Metalinguagem
Que descabaça
O vapor barato


Pois o falo que a aparelha
É verbo nascido
Do ventre do fogo e do aço.



Seu poetar
Alimenta-se
Da molécula
Que fabrica
A Metalinguagem:


Ele bebe a água da Metalinguagem.
Ele come a carne da Metalinguagem.
Ele assume a pelagem e a identidade da Metalinguagem.
Ele é a própria Metalinguagem, na verdade!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA


SOU NATURAL DA CIDADE DO SALVADOR, BAHIA. NASCI EM JUNHO DE 1982.
NA VERDADE, SOU UM MENTECAPTO QUE TROPEGA PELAS
ALAMEDAS DA POESIA.
http://twitter.com/jessebarbosa27
http://www.myspace.com/nirvanapoetico
http://poetadorjesse.zip.net/
http://si...

 
Autor
jessébarbosadeolivei
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/03/2009 13:19  Atualizado: 18/03/2009 13:19
 Re: ENTRE ALGUM LUGAR(ODE A WALLY SALOMÃO)
Irmão poeta Jessé,

Primeiro agradeço o ter-me dado a conhecer esse poeta brasileiro maior que foi Waly Dias Salomão (Jequié, 1943 — 2003).
Depois o meu forte aplauso e este verdadeiro hino metalinguístico à metalinguagem que, pelo que constato, está sendo bem esudada no Brasil.
Ainda bem porque, na minha modesta opinião, considero que a poesia de verdadeiro impacto e projeccção se referência exactamente pela metalinguagem que encerra. Mesmo quando os autores disso não têm consciência.
Um forte abraço