Corri ao mar para contar minhas dores
Mas o mar me lançou ondas volumosas
Pensando que eu iria falar só de amores
Não quis ouvir minhas queixas dolorosas
As ondas continuaram suas cantilenas
Que entoavam na deserta praia arenosa
Mas daí um tempo ficaram mais serenas
E pararam para escutar a minha prosa
Quando terminei de contar aquilo tudo
O mar ficou calmo e menos carrancudo
Passando a gemer as suas verdes águas
Ai, então me deu o seu ombro de amigo
E passou a chorar bem baixinho comigo
Por ser tão profundas, minhas mágoas.
jmd/Maringá, 18.03.09
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