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Espada de Fogo

 
Erguida em sanguínea lâmina sobre os olhos de ninguém,
Cravada no solo à flor do amanhecer
E adormecida nos braços de uma prisão de carne
Que se entretece sob o desabrochar da pele.

Surge como um fantasma na ilusão do crepúsculo,
Rasgando o véu solar em golpes de escuridão,
Como uma aurora dormente na coroa da tempestade
Que fustiga a muralha da cidadela de nenhures.

Insígnia rubra de sol rasgando as asas da lua,
Como murmúrio disperso nos desertos do além,
Na difusão das memórias sepultadas sobre a noite
Da ilusão que se entretece no sorriso da vingança.

Morre como um estertor na garganta dos desesperados,
Aberta em chamas de luz sobre a bruma do oceano
Que se derrama em lágrimas de sal sobre a pele dos desolados
E afaga na sepultura o último grito da voz.


Semper Fidelis...

Carla Ribeiro

 
Autor
Carla Ribeiro
 
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Enviado por Tópico
SofiaDuarte
Publicado: 22/03/2009 21:35  Atualizado: 22/03/2009 21:35
Da casa!
Usuário desde: 19/12/2008
Localidade: Portugal
Mensagens: 338
 Re: Espada de Fogo
Belo,sentido e espadaudo o teu poema

Gostei bastante dessa espada...

bjs,
Sofia Duarte

Enviado por Tópico
Verdade
Publicado: 22/03/2009 23:57  Atualizado: 22/03/2009 23:59
Participativo
Usuário desde: 16/03/2009
Localidade: Lisboa
Mensagens: 45
 Re: Espada de Fogo
Tudo o que é material é transitório e peresível!!!
Só a Eternidade nos pertence.
Bjs.

Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 23/03/2009 00:17  Atualizado: 23/03/2009 13:04
Colaborador
Usuário desde: 20/01/2008
Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: Espada de Fogo
poema introspectivo muito bem delineado!
gostei de vir aqui!
beijo

Maria verde