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Monstro

 
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Do celibato extraio um ardor
Púdico e perverso no circunspecto início,
Tão verdadeiro quanto qualquer asco
Debate-se na costa,enche a maré.

Uma criança sem olhos observa
Mergulha e viscosa lasctescencia,
No sonho plana deruba o gemido,
Devorado e regurgitado na sombra de senda infeliz
Inebria-me.

Rompe-se na pele um diuturno rompante de vício e vítima,
Disforme acalenta outro contorno espasmódico,
Confortávelmente ferido espalho-me inconsciente,
Dentro pertuba um monstro latejando,sua cabeça feroz cospe
A covardia exaltada,mentira que assumo.

Nenhum passeio no lado selvagem,
Ou longos passos,crimes em templos esquecidos
Sozinho extraio um tormento prazeroso,
Língua com língua,saliva e dismorfia púbere violada
Deformada e grotesca feminilidade.

 
Autor
RaimundoSturaro
 
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Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 24/03/2009 13:47  Atualizado: 24/03/2009 13:47
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 Re: Monstro
Muito bem escrito, um tanto difícil de se entender. Talvez alguma revelação íntima por caminhos tortuosos.

abraços