Poemas : 

Soy el tigre.

 





<p align="center"><font face="Verdana"size="3"><font color="#000066">


O Tigre




Soy el tigre.

(Sou o tigre).

Te acecho entre las hojas

(Observo-te entre as folhas)

anchas como lingotes

(Largas como colunas) *

de mineral mojado.

(de mineral molhado)

El río blanco crece

(O rio branco cresce)

bajo la niebla. Llegas.

(baixo a neblina. Chegas.)

Desnuda te sumerges.

(Desnuda submerge)

Espero.

(Espero)

Entonces en un salto

(Então em um salto)

de fuego, sangre, dientes,

(de fogo, sangue, dentes,)

de un zarpazo derribo

(de um golpe, me abato)

tu pecho, tus caderas.

(teu peito, teus quadris)

Bebo tu sangre, rompo

(Bebo seu sangue, quebro) **

tus miembros uno a uno.

(teus membros um a um)

Y me quedo velando

(e fico velando)

por años en la selva

(por anos na selva)

tus huesos, tu ceniza,

(teus ossos, suas cinzas)

inmóvil, lejos

(imóvel, distante)

del odio y de la cólera,

(do ódio e da cólera,)

desarmado en tu muerte,

(desarmado em sua morte,)

cruzado por las lianas,

(cruzado pelas lianas ***)

inmóvil, lejos

(imóvel, distante)

del odio y de la cólera,

(do ódio e da cólera,)

desarmado en tu muerte,

(desarmado em sua morte,)

cruzado por las lianas,

(cruzado pelas lianas)

inmóvil en la lluvia,

(imóvel na chuva)

centinela implacable

(sentinela implacável)

de mi amor asesino.

(de meu amor assassino).





Pablo Neruda
( 12/07/1904 — 23/09/1973)
Autores Clássicos no Luso-Poemas

 
Autor
Pablo Neruda
 
Texto
Data
Leituras
957
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.