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Tons de luz

 
Tons de luz que mancham a noite de sangue,
Permitindo que a noite se ilumine,
Deixando sempre aquele sentimentos no ar,
Não são os problemas que me fazem parar...

Como se fosse ironia,
Como se fosse esse silêncio meu,
Nada de palavras, nada de vidas,
Nada pode descrever o céu.

Poderia fazer tudo o que quizesse,
Não há nada que eu não pudesse,
A alma de quem escreve,
De quem vive cada palavra que brota,
É alma sempre machada como esta noite...
Ó maravilhosos sangues estes,
Sangues que mostram o pulsar da vida,
Mostram como devia ser sentida...

Há quem sinta, há quem se cale...
Por favor deixem esses sangues da vida
Deixarem as veias da opressão,
Que se iluminem! Que vivam!
Que sejam quem são!
Quem sou eu para dizer tal coisa?

Sou apenas mais um pulsar,
Mais uma alma que escreve...
Alguém que gosta de brotar,
Não aquilo que quer, nada é por mim...
Todas estas palavras por amar!
Não é ninguém, talvez até toda a gente...
Depende do sentimento que tenho pela frente.

Desaguo meu sangue em noites abertas,
Permanecendo brotando palavras,
Não belas, mas verdades,
Daquelas que não saem, que fogem.
São as palavras minhas doces,
Aquelas que dizem tudo por não querer nada,
Lacunas de alma, lacunas de mim.


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Autor
SofiaDuarte
 
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Enviado por Tópico
TRIGO
Publicado: 22/04/2009 21:08  Atualizado: 22/04/2009 21:08
Colaborador
Usuário desde: 26/01/2009
Localidade: Cabeça-Boa - Torre de Moncorvo
Mensagens: 2309
 Re: Tons de luz
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Sofia

A CANDEIA


A mão! O
azeite: o lago onde a luz
faz as espigas


Guarda este poema! Ficará com as nossas
memórias.


Beijinhos