Sonetos : 

ETÉREO

 
Caminha a meu despeito esse desejo.
Viaja pela rota inesperada.
Eu penso enxergar, mas nada vejo,
Eu creio tudo ser, mas não sou nada.
A força que me move muita vez
É a planta que desejo ver ceifada;
Lamento que me abóia feito rês
E põe-me a caminhar por essa estrada.
O peso em nosso dorso é o peso certo;
A cota que nos cabe é a que é decerto
Aquela que nos forja plenamente.
Sou pedra sutilmente lapidada,
Sou água sabiamente renovada
Nas tramas dessa força inconsciente.


Frederico Salvo



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FredericoSalvo
 
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Enviado por Tópico
Paulo Gondim
Publicado: 17/05/2009 15:46  Atualizado: 17/05/2009 15:46
Membro de honra
Usuário desde: 12/11/2007
Localidade: São Paulo (com o coração no Nordeste)
Mensagens: 446
 Re: ETÉREO
Quanta maestria poética! Perfeito, poeta! Um belo soneto!


Enviado por Tópico
luisalpsimoes
Publicado: 17/05/2009 19:18  Atualizado: 17/05/2009 19:18
Colaborador
Usuário desde: 02/03/2009
Localidade: Ansião
Mensagens: 591
 Re: ETÉREO
Frederico,

Gostei.

Beijinhos


Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 17/05/2009 21:39  Atualizado: 17/05/2009 21:39
Colaborador
Usuário desde: 20/01/2008
Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: ETÉREO
Ó magnífico!
quem dera ser lapidada, já, antes de saber de coisas. Quem dera ser água de rio, constantemente renovada.

Maria verde

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/05/2009 22:09  Atualizado: 17/05/2009 22:10
 Re: ETÉREO
Olá meu amigo Fred!
Magnífico!
Isso é poesia amigo, poesia maior!
Forte abraço
Edilson