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Sem com nem brio

 
Nas lacunas da vida eu sou tu
e nós somos alguém
que parte e foge de ninguém

vivemos impressionados
condicionados pela realidade
que nos sufoca a vaidade

divagamos, divergimos,
ascendemos, convergimos
nos dissabores que a vida nos trás

somos a sombra que o vento
leva, numa dança gélida e invernal
num pedaço de pauta banal

rugindo, sofrendo arduamente
a traição do tempo sombrio
perdes a cor, perdemos o brio.

 
Autor
poeta-perdido
 
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Enviado por Tópico
Valdevinoxis
Publicado: 27/05/2009 22:03  Atualizado: 27/05/2009 22:03
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 Re: Sem com nem brio
"Nas lacunas da vida eu sou tu
e nós somos alguém
que parte e foge de ninguém"

Confesso que não me impressionou nada este início por ser batido. Na verdade este jogo de entidades e identidades é bastante usado, já o li a muitos e, eu próprio, já o usei em diferentes contextos. Resulta bem mas está "hiper-cozinhado" (se me é permitido).
Já o resto do texto agradou-me porque diverge da banalidade que o começo prometia. O autor desenvolve e foge da armadilha do "ser fácil". Gostei.

Valdevinoxis

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 27/05/2009 22:09  Atualizado: 27/05/2009 22:09
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 Re: Sem com nem brio
Gostei imenso deste poema que se desenrola de grande forma.

Abraço