Poemas : 

Poemas aos Homens do nosso Tempo - XIV)

 
Tags:  poeta    homem    guerras  
 
Ao teu encontro, Homem do meu tempo,

E à espera de que tu prevaleças

À rosácea de fogo, ao ódio, às guerras,

Te cantarei infinitamente à espera de que um dia te conheças

E convides o poeta e a todos esses amantes da palavra, e os outros,

Alquimistas, a se sentarem contigo à tua mesa.

As coisas serão simples e redondas, justas. Te cantarei

Minha própria rudeza e o difícil de antes,

Aparências, o amor dilacerado dos homens

Meu próprio amor que é o teu

O mistério dos rios, da terra, da semente.

Te cantarei Aquele que me fez poeta e que me prometeu



Compaixão e ternura e paz na Terra

Se ainda encontrasse em ti, o que te deu.


Hilda Hilst
( 21/04/1930 — 04/02/2004)
Autores Clássicos no Luso-Poemas



(Júbilo Memória Noviciado da Paixão(1974) - Poemas aos Homens do nosso Tempo - XIV)
 
Autor
Hilda Hilst
 
Texto
Data
Leituras
1319
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/08/2009 13:18  Atualizado: 13/08/2009 13:18
 Re: Poemas aos Homens do nosso Tempo - XIV)
DIGO-TE…

no princípio
o dia
habitava
os olhos
dos homens e das mulheres

mais tarde
a soberba
cegou o homem
e tem a mulher
que o guiar
cruzando as trevas

às vezes
de tão intenso
o olhar da mulher
devolve ao homem
o dom da luz

não são raras
tais mulheres
raros são
e afortunados
os homens
que com elas
caminham na claridade