Prosas Poéticas : 

A Carta Que Nunca Te Escrevi ou a Simples Confissão do Meu Maior Crime (Parte XXII)

 
Por momentos julguei ter o mundo em meus olhos, julguei ter-te olhado e tocado com um breve beijo, mas algo me trouxe de volta à amarga realidade de que tudo isso não passou e mais um sonho. Bons sonhos tenho eu, até que se perdem nos pesadelos da vida.
Cegam-se-me os desejos de te encontrar e de rimar os nossos caminhos em poesias livres, nas tais asas de pássaros que migram em procuras desenfreadas dos beirais solarengos deste meu Alentejo.
Quis um dia sonhar de verdade que te conhecia, mas não consigo mais que uma sombra que se afasta no horizonte sem fim desta terra. Das rosas só consigo os espinhos, a sua beleza é um luxo para o qual não fui destinado, uma utopia.
Vou continuar a escrever-te, decidi isso agora, até que se me cansem os dedos, as mãos, todo o corpo e até a vida que me separa de ti, jamais te esquecerei, mesmo que nunca possa lembrar a cor dos teus olhos ou a pureza do teu sorriso.
Serás sempre minha enquanto eu puder ser teu.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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