Sonetos : 

INEGÁVEL DEPENDÊNCIA

 
Desgasta-nos seguir assim em linha reta
Ao ritmo desse compasso acelerado.
Por que querer fazer do tempo uma seta
Se o tempo caminhando vai espiralado?
Respiro a brisa que me chega matutina
E traz gratuita, embriagada a energia
Que entra em mim tão benfazeja e genuína
E põe-se a circular ligeira em harmonia
Com tudo que na natureza bela pulsa,
Que segue ao todo entrelaçada e não avulsa
E torna iguais o porco-espinho e a rosa flor.
A nós, que temos o pulsar da consciência,
Cabe aceitarmos a inegável dependência
Da lei que rege o universo: A lei do amor.


Frederico Salvo


Direitos efetivos sobre a obra.
http://pistasdemimmesmo.blogspot.com/

 
Autor
FredericoSalvo
 
Texto
Data
Leituras
854
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
8 pontos
8
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Fhatima
Publicado: 19/06/2009 22:59  Atualizado: 19/06/2009 22:59
Membro de honra
Usuário desde: 12/02/2008
Localidade: Joinville - SC
Mensagens: 3336
 Re: INEGÁVEL DEPENDÊNCIA
Olá Frederico,

Simplesmente maravilhosa tuas palavras, adorei!

Abraço

Fhatima


Enviado por Tópico
Ledalge
Publicado: 19/06/2009 23:03  Atualizado: 19/06/2009 23:03
Colaborador
Usuário desde: 24/07/2007
Localidade: BRASIL
Mensagens: 6868
 Re: INEGÁVEL DEPENDÊNCIA
Olá Fred!

Concordo com a Fhátima, o soneto está especialíssimo.

Um abraço


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/06/2009 13:22  Atualizado: 20/06/2009 13:22
 Re: INEGÁVEL DEPENDÊNCIA
Meu amigo Fred...
Poema de ideia madura acerca do que é fundamental nesta vida.
Falou em "tempo", ainda mais como flecha certa, falou ao meu coração!
Parabéns
Abraço
Edilson


Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 20/06/2009 13:57  Atualizado: 20/06/2009 13:57
Colaborador
Usuário desde: 29/10/2008
Localidade: guimarães
Mensagens: 7238
 Re: INEGÁVEL DEPENDÊNCIA
Todos sentimos na pele o desfazamento violento que existe entre o ritmo a que a vida nos obriga e o nosso próprio ritmo interior,natural e mais profundo...valha-nos a poesia para o reencontrar e valha-nos também o tempo especialíssimo do amor.Como sempre captas e expressas com muito talento e sensibilidade o indizível de outra forma que não a artística.Porque é arte a tua escrita,disso não tenho qualquer dúvida.
Um abraço cheio de admiração.