Ao cair da vida o amor me faz descaso
E a felicidade aos poucos se dilui
À face forjada de um sorriso raso
A dor imensa no peito se conclui
Vejo-me como o sol em pleno ocaso
Aquele brilho de outrora, levemente diminui
Mais triste que angústia é saber que não aprazo
O amor infelicita-me, o desgosto me anui
E esse meu sofrer, que triste, ora extravaso
É todo o porquê exato que me alui
Mas, se no amor pudesse por acaso
De novo ser amado... Se é que um dia fui.
Para que falar sobre mim, para quê?
Para abandonar-me logo agora,
Para julgar-me antes da hora,
Para me esquecer?