Crónicas : 

NA MENTE DOENTE DE UM CRIMINOSO

 





Ah, mas, a mente, de um criminoso, não é em nada difícil,
de se perceber. Desde pequeno, ainda quando criança,
já se entende, que, há ali, uma predisposição, para o mal,
quer através do comportamento, para com os seus colegas,
de escola, quer na acção, totalmente agressiva, que tem,
para com seus pais, na casa onde nasceu, mas que não tem
nem nunca terá, como sua.
Totalmente influenciável e desesperadamente, buscando
uma identidade, fácil se torna, chamá-lo, para um de muitos
grupos marginais, que fazem da rua e das juras eternas, seu
modo de partida. Como sempre, atentos e ávidos, de nova
carne, totalmente desconhecida e limpa de cadastro, logo
os infames traficantes, trazem-no a si, prometendo-lhe, um
mundo sem fim, de aventuras.
As regras são rígidas e o jovem criminoso, terá, em último caso,
de aceitar sua morte, em nome da causa e de seus colegas, não
existindo nenhum meio-termo. Depois de passar, a prova da
resistência, onde, por todos é espancado, à vez, acaso, continue
firme, por todos é então felicitado, e, como identidade, para com,
o que se adivinha, precária vida, o chefe, dos traficantes, num
acto de sacrilégio, nas mãos ansiosas, do pretendente, a novo
criminoso, deixa resvalar uma arma, para júbilo do jovem –
irmanado e protegido, pelos seus, crianças, iguais a ele.
Os que têm mais sorte, sobrevivem à adolescência, e, em adultos,
sem escrúpulos, transformam, suas vidas. Entretanto, dentro,
da irmandade, a hierarquia, está sempre, em constante, evolução,
desde os simples «soldados», até aos «capitães» e graduados
«coronéis».
E é daqui, que muitos, tendo saldado, sua divida, para com o «gang»,
resolvem trabalhar, por conta própria, dando um passo em frente,
na sua carreira, criminosa.
Com a «profissão», desde bem cedo, a correr-lhes, no sangue, factores
de honra, a cumprir, como sinal, de sua identidade, que fazem questão,
de deixar bem vincada, depois de cada assalto, seu «modus operands»,
é só um:
após, cada roubo, o desferir, de uma arma de fogo, matando a
vítima, à queima-roupa, como coisa, sem importância e… silenciosa.

Jorge Humberto
17/07/09


 
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