Poemas : 

Sem abrigo

 
Que se cumpra sempre o acordar
Pelo monólogo cacarejo da alvorada
E que de mais um nado vivo ao chorar
Ecoe a vida para esquecer o nada

Por muito que a madrugada anoiteça
E que no seu colo acolha o pano azul do dia
Sabe-se que há sempre alguém que adormeça
No relento esquecido de uma noite fria

Os jornais já lidos e abandonados
Com histórias vadias roubadas ao chão
São panos de seda bem bordados
Enrolados no corpo de um antigo chorão

 
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fcsguimaraes
 
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Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 23/07/2009 17:05  Atualizado: 23/07/2009 17:05
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11252
 Re: Sem abrigo
Aqueles que outrora tiveram lenções de seda agora adormecem num cartão, um bom poema social numa realidade em que ninguém está impume.

Beijos


Enviado por Tópico
Liliana Jardim
Publicado: 23/07/2009 18:59  Atualizado: 23/07/2009 18:59
Usuário desde: 08/10/2007
Localidade: Caniço-Madeira
Mensagens: 4412
 Re: Sem abrigo
Um alerta ás injustiças sociais poeta.
E ás inconstâncias do viver...

Beijinhos
Tudo de bom para ti