Estou na varanda enquanto olho,
as vidas caminhantes, das quais inspirações colho,
vidas interessantes na visão de um louco,
que observa escondido, e procura até pouco,
apenas uma ligeira sinceridade no vento,
uma certa humildade, nem que num só momento,
busco em vão, e tapo então os ouvidos,
pelo o choro e todos os gritos,
que sinto caírem em mim,
sou varrido para debaixo do tapete, e fico assim,
mais um dia passa, e inspiro-me apenas num campo de repolho,
pois o tempo não pára,
E eu estou na varanda enquanto olho.