Da janela do meu quarto,
Observo o cenário de uma trágica história de amor...
Ainda há flores desabrochando,
Outras se despetalando,
Ontem coadjuvantes naquela sena de dor...
No banco frio alguém arrependido,
Lamenta o gesto fatal.
Do meu quarto ainda observo,
Aquele monólogo irreal...
Soluços me roubam o silêncio...
Da manhã que parece ainda mais fria.
Arredia entre pétalas caídas,
A moça inerte no chão!
A praça agora sempre vazia,
Não me deixa esquecer.
O moço... A moça...
Nem aquela manhã sombria...
"Quando estou muito quieta por fora,
é por que dentro de mim alguma coisa grita
e eu preciso me ouvir."