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Abandonado

 
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Não lembrar quem eu fui, quem me dera
Mas eu lembro dos tempos cor-de-rosas
Quando os dias todos eram de primavera
E as noites também eram maravilhosas

Quando eu sentia várias mãos carinhosas
Mas tudo se passou como uma quimera
Por que um jardim desértico não dá rosas
E a minha mansão se tornou uma tapera

Os que recordo são os que me esquecem
Fico pensando que estes não me merecem
Para que eu não sinta de todo abandonado

Cada vez mais velho, mais pobre eu sou
E com este orgulho bobo, um dia eu vou
Completar o meu ciclo lá no outro lado.

Jmd/Maringá, 05.08.09



verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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