Um dia, vi em ti um ilimitado grau de grandeza…
Acto de inconsciência… Por ti, hoje em cacos me fito!
Sem piedade me depuseste com extensa frieza,
Minha alma só, abraça a dor em termo infinito.
Quando partiste não foi uma surpresa!
Sempre me vi apesar da esperança por ti aflito;
Rasga-se em escuridão o peito, pela luz nunca acesa
Do teu amor… cala-se a voz, solta-se o grito.
Persinto-me ofusco, sempre e sempre mais delirante!
A memoria de um beijo é o negro que me cobre os dias,
A noite tornou-se frígida e para sonhos não tem espaço.
Enquanto me atropela a razão num pleno sentido soluçante!
Constante universo de duvidas em vez de puras harmonias
Que enche de mágoa o coração, e o amor se torna escasso!
Paulo Alves