“Micos” que paguei
Agora eu vou tentar narrar
Todos os micos que já paguei
Mas nem sei como vou começar
Pois são tantos que eu nem sei
O primeiro que ora me lembro
Foi quando eu entrei na escola
A professora pediu o material
Mas eu não tinha nada na sacola
O segundo mico que paguei
Eu não achei nenhuma graça
Foi quando num banco entrei
Ao sair, bati a cabeça na vidraça
O terceiro mico que eu me lembro
Foi no banco, como funcionário
Numa tarde do mês de setembro
Atendi ao telefone ao contrário*
Um certo parente já divorciado
Uniu-se a uma moça de programa
Eu, sem saber, perguntei a ele
Como essa sua filha se chama
E foram tantos e tantos micos
Que eu já paguei na minha vida
Que se fosse narrar todos eles
Esta poesia ficaria muito comprida.
jmd/Maringá, 21.08.09
*Coloquei o microfone no ouvido
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