POEMA SEM ARTE OU QUE SE DANE A FESTA

gladys,
bom que você tenha gostado. tenho aqui as obras completas do gonçalves dias. na verdade, nunca me interessei muito pela escola dele. mas vou ler. a falta de interesse, na verdade, é mais pelos temas, meio carregados de um ufanismo que não me agrada muito. se bem que respeito a época. o "que se dane festa", dá título complementar ao meu livro novo - "se eu morrer ontem ou que se dane a festa". não costumo definir muito os meus poemas e nem o dos outros, mas eu diria, fosse o caso, que este é um poema "tropicalista". uma geleia geral, como diria o bom torquato neto.

carinho,

j.

Oi Júlio...

O Gonçalves Dias foi um dos primeiros poetas que apreciei na juventude e realmente ele é ufanista sim. Seu texto, como eu disse no comentário, não tem nada a ver com isso... rss, mas não sei por que me lembrei desse poema. Se puder, leia o "pedido".
sim! percebo seu legado modernista, ou mais, sua vanguarda poética. E isso me chama a atenção e me atrai em sua poética, porque gosto disso e procuro por isso. Então poeta, viva Torquato Neto, Caetano, os mutantes, Gilberto Gil, Tom Zé...
forte abraço!

torquato neto foi o primeiro poeta a assumir o rótulo de poeta marginal. era genial, não só como poeta, mas como letrista de música. pena ter feito o que fez aos 28 anos. ele não aguentou a barra. avisou várias vezes nos seus versos - mamãe, coragem! foi a gota d'água. mas ele aguentaria mais alguns anos. matou-se um dia depois de fazer 28 anos. talvez estivesse certo.

j.

maria ivone,

eu digo sem arte porque ele parte da esculhambação: sal de frutas, rubis, augusto dos anjos, são francisco de assis e termina com o carnaval. eu diria que é um poema tropicalista. ou mais ou menos. ou que se dane a festa.

carinho,

j.