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Carta 18

 
Aos pés do nosso Jacarandá, a espreitar-te furtivamente

Ma Jolie,

Poderia dizer-te agora, com os olhos entregues a ti, que as minhas saudades dominam por completo essas minhas linhas de agora. Poderia dizer-te, que em meu peito habita as mais abrasivas chamas deste amor que sinto por ti. Poderia dizer-te com as palavras mais lindas, que são as tuas que me encantam, e, me deixam assim, cada dia ainda mais teu. Mas, escolho-te agora, palavras simples, repletas de sentimentos outros que transcendem o que eu realmente gostaria de dizer-te nesta folha de papel. Por hoje, e, por todas as vezes, até o último dia de nossas vidas, dir-te-ei, apenas que eu amo você.

Entrego-te aqui , essas minhas vontades escritas, esse meu choro de saudade, esse meu amor de verdade, essa minha forma de viver, única e singularmente para ti. Se acaso pareço, aos olhos alheios, um voraz eloqüente, um sentimentalista excessivo, é porque destes nunca foram as horas, os fomentos, deste amor que me consome, que me faz dizer o teu nome, mesmo no mais tardar das noites. Não, amor, não te digo ainda, tudo o que meu peito se dispõem a dizer, só desejo que não duvides, nem por uma letra insegura, que sou teu e que estas palavras são tuas, e, que é assim que eu quero viver.

Teus versos trouxeram-me sorrisos, levaram-me a dor que teimava em invadir hora e outra o meu peito, brindaram-me as saudades que tenho, apagaram-me as lágrimas que ousaram abandonar os meus olhos, para beijar essas tuas alíneas. Pudera eu saber versar, para valsar neste meu sentimento, e, dedicar-te todo e qualquer momento, deste meu desmedido amor. Não te queiras amor esquecer, que essas linhas traçadas ao vento que bagunça os meus cabelos, são a mais sincera e casta paga que posso a este teu soneto oferecer.

Mas, como não me contento ainda, com esses simples verbetes alquebres, dou-te agora o que é meu, e, que de ti não se afaste, não renegue. Um pouco de mim que deixo contigo, para acompanhar-te mais amiúde, nessas noites infindas de mais profundo desejo. Pudera minhas mãos entregar-te agora, esta singela parte de mim, mas a perfeição é imperfeita, quisera eu se nunca fosse assim. Deixo-te agora, suspenso a este cordão, algo que me foi entregue pela minha mãe, e, que chamou de meu camafeu. Disse-me ela, que no momento oportuno, reconheceria a mulher amada, e, que fizesse daquele peito a eterna morada, dos mais íntimos sentimentos meus. É teu agora, ma Jolie, não só este meu camafeu, mas todo o meu amor, que jamais duvidou ser teu.

E se acaso numa noite fria sentires de mim saudades, coloque a mão no peito, e, ama-me de verdade.

Do teu eterno,

Secret Passionné.


rody

 
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rody
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