Lembro-me que és pó

Mais um belo texto que aguça os sentidos, rico nos adjetivos bem escolhidos para descrever uma semente de amor plantada e regada como dissestes, em saliva e lágrimas...
Lindo.
Beijo.

Fico sempre pasma face ao que escreves (ao modo como escreves)! Às vezes, um grão de pó pode ser muito incómodo. Destaco estas lindas imagens, pintadas ao mesmo tempo de frustração, desalento e esperança:

«Provei da tristeza o sabor de sempre, teus lábios secos estendidos num sonho. Ontem à noite choveu em cima do adeus que me deixaste, parece-me que seus frutos brotarão a qualquer momento, eu os tenho adubado, metódica, com saliva e lágrima, mais dia menos dia nascerão.»

Beijinho

há pó chato que não sai de cima dos móveis e se entrenha na madeira e se rói com a ausência, há pó que habita lembranças e memórias que aninham, como eu, a um canto qualquer da vida. há um pó que magoa, dói até... eu para não esquecer, lembro-me menos vezes.

Um texto magistralmente escrito. Descrição rica em expressões que embelezam um momento profundo de sentires.

"Sinto às portas do corpo o vento que arrasta a madrugada rumo à boca do sol e um arrepio, talvez de medo, põe no meu rosto uma nova noção do que vem a ser o amor. De umas horas pra cá dei pra esquecer teu sobrenome."!

É crime fragmentar algo tão belo mas, queria deixar o momento que me marcou na sua leitura!

SOBERBO
levo-te comigo
Beijo azul

A faculdade que tens em falar com originalidade
das tuas emoções é extraordinariamente bela e original, Amora.
Uma vez mais surges com um fantástico texto, do qual realço...

"Ontem à noite choveu em cima do adeus que me deixaste, parece-me que seus frutos brotarão a qualquer momento, eu os tenho adubado, metódica, com saliva e lágrima, mais dia menos dia nascerão."

Beijo, amiga. Parabéns!
Vóny Ferreira

Lembra-te de que não estás só...

Amorinha...onde dói mais eu já não sei...

Beijo doce

Karla Bardanza

adorei este texto. e penso também, sem acreditar, que o amor é uma poeira nos nossos olhos, que quando assenta nos cura...de certeza já tiveste a prova, agora, acreditar é que são elas...beijos

O que nos mantem aquecidas à noite, a vida dá um jeito de fazer esquecer o sobrenome, para que possamos suportar o nome.
Sempre marco um encontro com a emoção aqui...

Bj
Vania