PENSANDO NA AUSÊNCIA DE HILDA HILST E SOPHIA BREYNER

esse poema é da hilda ou teu?fantástico.e sim,também amo sophia.mas quem sou eu?...

alex

Escreves fácil e corrido, bom, abçs
JFA Roxo

Num só poema, se presta homenagem a duas poetas; da Sophia, tenho os seus poemas, onde vou beber a cada passo; de Hilda Hilst, já li alguns, poucos poemas, já que aqui não é tão divulgada, mas do que li, gostei.
É como Natália Correia dizia que a poesia é para se comer, é bom poder degustar este poema.

DM

..ola Julio,

"Para Margarete e Xavier Zarco, meus amigos"
dois que eu admiro muito,tal como tu...

Sophia..poetisa (mesmo que nao gostes ,eu tenho este direito de o dizer assim,porque para mim é poetisa)que melhor me ensinou a observar o Mar e os seus ruídos...leva-me tambem para Grécia..é uma sensibilidade intensa a ler,tal como ela gostava de andar pelos corredores da sua casa...elegancia creio que seja o nome apropriado!

sobre Hilda:

É crua a vida. Alça de tripa e metal.

Nela despenco: pedra mórula ferida.

É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.

Como-a no livor da língua

Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me

No estreito-pouco

Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida

Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.

E perambulamos de coturno pela rua

Rubras, góticas, altas de corpo e copos.

A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.

E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima

Olho d'água, bebida. A Vida é líquida.

(Alcoólicas - I)


SABERÁS O QUE DIGO....
ABRAÇO.