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1973

 
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Sobe o pano
Da ironia, do actor
Perdido na sua história.
Expondo-se no seu palco,
Ao seu amor, à sua dor,
Conta o conto
Do gigantismo
Dos seus seguidores.

Perdi-me na floresta
Da sociedade e renasci,
Florido, atrevido e inchado
Na minha ridícula magreza.
Sou um actor vendido
E exibir o meu corpo
É a única defesa...

Canto.
Canto para uma tribo
De alucinados,
Actuo numa trip
Minha para eles,
Sou o ícone desta geração.

Faço sexo com os olhos
Na minha boca obscena,
Até que me atirem o pano
Sou o mestre desta cena.

Este é o meu último concerto,
A minha primeira alucinação,
A vossa última viagem
Neste vaivém espacial.

Fui arte,
Fui desafio,
Fui especial.

Fui droga,
Encanto,
Androgenia,
Qualidade anormal.

Enterrem a minha alma
Que matei por prazer,
Tinha que me desfazer dela
Para existir e talvez ser.

 
Autor
AntonioCarvalho
 
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Enviado por Tópico
HorrorisCausa
Publicado: 20/09/2009 14:21  Atualizado: 20/09/2009 14:21
Administrador
Usuário desde: 15/02/2007
Localidade: Porto
Mensagens: 3594
 Re: 1973
que dizer deste calendário/anuário de letras, acontecimentos...? introspectivo, pessoal, mas que ultrapassa as fronteiras do individual na medida em tem traços que me revejo.


e já vamos em 1976...

beijo