Pranto silêncioso

 
      Pranto silêncioso
 
Um pranto silencioso
Travado,engolido,tormentoso
Que vai longe,além mar
Que sofre por muito amar.

São lágrimas destemperadas
Com muito sal evaporadas
Misturadas à leve brisa
Dispersadas com ojeriza.

Lembranças que afloraram
Em pensamentos se mostraram
Não há como não chorar
Pela alegria, saudade,oh penar!

Chega um riso alegre
Que perdura por um segre
Porque fugiu que eu amava?
Sem o abraço,e o beijo que me encantava.

Nereida.
https://novanereide.blogespot.com
 
      Pranto silêncioso

Momentos

 
Hoje o dia está cinzento,através da janela do meu quarto,vejo cair a chuva miudinha,o vento sopra como se fora um sussurro,um gemido...Gemido não de amor ou de prazer,mas sim!... De dor,melancolia, mesmo de ansiedade.
Claro, que sei que é apenas minha fantasia, porque o vento ou o dia não tem sentimento.
Mas são nestes momentos, que meu coração, fica aquado, sem ter teu amor, o mesmo amor que um dia me sorriu, por ti foi destroçado.
OS dias cinzentos, ficam tristes,porque são o reflexo do meu coração, como se fosse um espelho, o meu eu...neles fica espelhado.
A chuva que cai são as lágrimas que por ti tenho chorado.
Hoje relembro de novo cada momento...momentos em que tive teu abraço, teu corpo, a suavidade de cada palavra, o mel dos teus beijos.
Tu continuas a ser o fogo que um dia ateou o meu coração e que eu jamais deixarei ser apagado.
Por esse amor, estou a sofrer, mas é também por esse amor que continuo a viver.
Somente,hoje dei conta que para ti, tudo faz parte de momentos do teu"não do nosso passado".
Foram momentos, na tua vida de um breve momento.
Para mim foste e sempre serás, a mais bela melodia que embala meu sono a mais intensa fragrância que me embriaga, o doce mais doce que minha vida adoçou, a brisa suave que meu rosto acariciou!
Vivo na recordação de cada momento, com igual sentimento, se assim não fosse é porque nunca te teria amado.
 
Momentos

O Despertar de um Sentimento

 
Teus lábios me fez acordar de um profundo sono, há tempos havia descansado na monotonia dos meus pensamentos. Já não encontrava palavras para expor meus sentimentos, meus lábios estavam mudos, e descansava no som suave de uma música que parecia jamais terminar. O tempo cobriu de teias o meu coração, eu já não sentia mais... O fogo brando da lareira aquecida, já não aquecia a minha alma. Julgava morto o meu corpo, consumido pela lembrança de um beijo. Andei tanto tempo sozinho, quando na verdade nem mesmo sai do lugar, busquei tanto por um objetivo, e agora descobri que estava tão perto de mim. É um tanto certo perigoso este sentimento, não quero ter que acordar assim Derrepente e não suportar a saudade, e tudo que conquistei estará arquivado num diário de palavras esquecidas. Prefiro ter que te olhar pelo espelho, viver dos reflexos dos teus beijos. Terei na memória as lembranças dos teus cabelos molhados, eu já nem saberia como afagá-los. Tenho medo de acordar ao som de tuas palavras doces, e me seduzir com o leve toque dos teus dedos, para que no pecado não haja mais tempo de me redimir. Eu te suplico, não deixe que te toque o teu corpo, pois o meu pode haver espinhos que possa ferir tua alma. Não me entregues a tua sensibilidade, pois ela pode me parecer preciosa. Não deixe que roube os teus sentidos, por que sinto como uma máquina desgovernada incapaz de controlar a minha emoção. Você foi o despertar de um sono profundo, que me fez sonhar no amanhecer, e me fez acordar sem vida no entardecer. Emudeça tua voz, esconda teus lábios de minha boca, aumente o som da música agora, para que eu volte a dormir e sonhar que estou te amando e nunca mais acordar.

*** Carta de um homem que sente medo de amar, depois de muito tempo sozinho.***

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Julho de 1997 no dia 29.
 
O Despertar de um Sentimento

Encontro com a Paz

 
Nas asas da dor tornei-me sábio, e na loucura deste momento descobri que o solo que pisava não era firme. E os meus pensamentos tão tolos torturavam as minhas vontades, e voar não fazia sentido nas asas quebradas da imaginação. Meu coração bate de teimoso que é... Atravessa as ruas do meu peito, assim atropelado pelas vias das razões, acumulam oculares sofrimentos, rugas pela solidão.
Tanto faz um sonho não realizado, um sono perdido, tanto faz das rosas os espinhos... Embriago-me em garrafas de vinho; por que sóbrio não consigo esquecer quem tanto mal me fez. A lucidez me enlouquece me faz adormecer e acordar no mar de dúvidas quanto à capacidade de esquecer você. Não me diga com clareza, à sinceridade que caia debruço sobre a mesa, prefiro meu prato vazio que o veneno dos talheres expostos, reflexos do sol em um dia muito frio. A tempestade demorou a passar, as luzes apagaram-se em vão, de joelhos um tolo a rezar adormece na escuridão. Não cobrei da mentira um preço tão alto, a verdade não me deixou outra opção, do outro lado do muro um salto na trilha da ilusão. Essa metamorfose na minha consciência me deixou intranqüilo, repudiei-me do que seria capaz, e repousei num sentimento sólido e eficaz. Foi quando fiz uma das maiores descoberta da minha vida, somente neste meu sofrimento é que pude encontrar a verdadeira paz.

*** Carta escrita por um homem num momento de grande aflição.***

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Maio de 2002 no dia 31.
 
Encontro com a Paz

O Sabor das Lágrimas

 
Já senti a o sabor das lágrimas
algumas doces como mel
quando você chegava em casa
e carinhosamente me beijava

Já senti o sabor das lágrimas
salgadas como o mar
quando na turbulência das diferenças
caiam em profusão em minha boca

Já senti o sabor das lágrimas
tão amargas quanto o fel
quando a vida era infernal
e eu não imaginava que existia o céu

Já senti o sabor das lágrimas
tão azedas quando o limão
e meu coração, encolhia, numa agonia,
que nem uma limonada, resolvia

Já senti o sabor das lágrimas
doces, azedas, amargas e salgadas
mas, todas elas eram passageiras
e entre sorrisos e alegrias,
as lágrimas doces, sempre venciam

Fadinha de Luz
 
O Sabor das Lágrimas

Um Mar...Amar

 
Um  Mar...Amar
 
Deixe-me chorar!
Porque só assim vou,
aliviar meus sentimentos,
meus sofrimentos
que são só meus.

Lágrimas abundantes,
sons retumbantes,
toda a mágoa retida,
em minha alma e,
coração.

Deixe-me chorar!
Lágrimas salinas,
benigna e doloridas,
tantas que formaria,
imenso Mar.
Nereida
 
Um  Mar...Amar

A Covardia de não ter te Amado

 
Eu te amo! Muito tempo depois de ouvir esta frase dos teus lábios, ainda busco entender o porquê de tê-la deixado. Quando o amor dominava os nossos sentimentos, eu deixei que o orgulho imperasse em meu pensamento e falasse mais alto que a razão. Ainda me lembro dos tempos que ainda sozinho caminhava como criança que brinca no quintal, e ao abrir o portão com dificuldade, entrava para um mundo de imaginações. Foi um erro subestimar as tuas vontades, você teimava em mostrar o seu mundo, ele era puro e ao mesmo tempo sonhador.
Eu insistia em caminhar na realidade onde pedras duras machucavam meus pés. Eu te via com os olhos da carne, quando devia te ver com o coração. Talvez estivesse nos preparando para o futuro, então eu não percebia que o tempo era meu maior inimigo.
Achei que a distância pudesse te oferecer outros valores, e na tua ausência deixei que minha cabeça virasse um alçapão, ele era farta de pensamentos confusos, intermináveis solidão nas madrugadas em meu quarto. Fui um covarde e não lhe dei a menor chance quando voltastes aos meus braços. Como castigo hoje vivo sozinho eu e a solidão, e não há que possa me fazer sorrir como outrora.
Vivo das lembranças dos teus beijos, e só eu sei por que vivo, por que o ar que respiro é combustível, muito tempo depois de ouvir dos teus lábios eu te amo.

*** Carta escrita por um homem que perdeu seu amor por causa do seu próprio orgulho. ***

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Janeiro de 1998 no dia 19.
 
A Covardia de não ter te Amado

Cicatrizes da Vida

 
Tristeza... Más por que um dia triste? O sol ainda não se escondeu. A tarde está monótona, mas ainda desfila sobre os nossos olhos.
Deixe o frio de a madrugada entrar em teu quarto e testemunhar teu sofrimento, mas não te aflija, o sol pela manhã irá romper a tua janela, e assim descobrirás um novo dia.
Nascerá uma esperança que te fará forte para caminhar, verás que em teus caminhos as dificuldades serão como folhas secas de outono rastejando aos teus pés, e lá na frente avistarás a linha do horizonte. Então não se curve em tanta tristeza, nem deixe que as lágrimas afoguem o brilho do teu rosto, sorria e verá, pois o tempo é o senhor das razões.
Quando olhei no espelho do tempo, pude ver as marcas inevitáveis do destino, más o tempo em que passei lamentando pelos cantos, mostrou-me que era preciso superar a dor.
Mesmo que nos recuperamos em um futuro próximo e incerto, jamais será possível apagar de nossos rostos as cicatrizes que a vida nos valeu.
Tristeza... Más por que um dia triste? O sol ainda não se escondeu.

***Carta á uma mulher triste que perdeu o seu amor.***

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Agosto de 1992 no dia 20.
 
Cicatrizes da Vida

Epístola-05

 
Fragmentos de mim

Corretivo ao amigo
Não entendes...
Por que não podes ver as minhas lágrimas.
Não entendes...
Por que o som do meu gemer não chega até você.
Não entendes...
Porque não se importa de viver sem mim.
Amigos têm muitos assim.
Não entendes a falta que faz pra mim.
Por que não se permitiu me entender.
Não quis me ver, nem me ouvir.
É muito difícil te ver viver, novas amizades fazer.
E eu? Falta alguma fazer.
Não entendes...
Por que não precisa entender, bom pra você.
Ficar aqui guardada como se estivesse em uma caixa de simples recordações.
Não entendes!
Por que não me tens como amigo como eu tenho a você.
Enide Santos
 
Epístola-05