Poemas, frases e mensagens de Alex

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Alex

Sou

 
Sou louco
sou trouxa
sou tudo o que queres, eu sei!
Sou ridículo,
estranho talvez,
mas sou o homem que Deus me deu.
Sou as letras que construo e desfaço
sou as histórias que não conheces,
sou homem, não sou PERFEITO!

Alexandre Reis
em Salobrear
 
Sou

Suave

 
Tão suave
a pele que ninguém sabe,
o encanto que em ti cabe
por ser assim.
Suave,
a onda que te invade,
a brisa fresca da tarde
que arde em ti.

Liberdade,
eterna chama sentida
no destino da vida
que já perdi.
Cidade,
eu fico à espera
que nasça a Primavera
que construi.

Alexandre Reis
em www.salobrear.blogspot.com
 
Suave

Incontornável

 
Foge-me o espaço,
foge-me o tempo!
Caio sem asas e com receios.
Vão-se as dádivas d´outrora,
não se encontram dúvidas nem divas
mas as certezas não existem.

Apagam-se as luzes
por todo o terreno.
Sem raízes nem folhas soltas,
por nada resisto,
de tudo me desprendo.

Desfolham-se os livros
de histórias sem enredos;
Descobrem-se os segredos
remotos de outros tempos,
sozinho no sofrimento!

Foge-me o espaço
e não encontro o tempo.
Para onde foi o encanto
de outros momentos?
Foge-me o espaço
e já não tenho tempo
de te ter nos meus braços,
de te ler por dentro...

Alexandre Reis
no blog Salobrear
 
Incontornável

Decreto da não poesia

 
Hoje não há poesia. Não vou reler folhas, reescrever versos ou buscar inspiração para outros. Não posso, não consigo, não quero.
Queria antes que o tempo voltasse atrás e se rebobinasse a fita de cada vez que se atenta contra a inocência e se destrói a Humanidade e a Unidade.

Aos 11 dias do mês de Setembro de 2007
Que se releia o Firmamento
Alexandre Reis (Z)
 
Decreto da não poesia

Fevereiro com Fim

 
Era o mês mais longo de todos os meses
o dia nasceu com chuva mas repleto de luz
radiante de esperança que irrompe nas nuvens
e voa mais alto do que almas suspensas.

Ressoa uma mensagem de sorriso entre a voz:
E Constância e Constância e Constância?
um claro Abril, um desprender de medos,
um grito do fundo que enfrenta segredos
um voltar à terra desprendida de estrelas,
à procura das pessoas, dos filhos perdidos
dos gestos tremidos e dos caminhos castigados.
Coisas terrenas de almas sem penas
Em vales trespassados de vila pequena...

Sabes por onde vais? surpreendida pelos rios,
ides ou voltais, à procura dos perdidos
de fado amarrado e em constantes jograis?
Avante se esvai na procura do cais...
de abrigo.

Faz todo o sentido, faz todo o sentido
descobre o sentimento, dá-lhe um motivo.

28 de Fevereiro, em salobrear
 
Fevereiro com Fim

Sublime

 
Se nada mais existe
para lá do pensamento
deixem-me viver aí sempre.
Nessa imensidão do desconhecido
que navega pelo infinito
e cresce cá dentro.

Não há nada mais sublime
do que amar cada ciúme
que tenho de mim.
Nem a vã sensatez de querer
ser mais alto que o céu
e descobrir ouro nas estrelas.

Alexandre Reis (HX)
 
Sublime

Lágrimas do Mondego

 
Enquanto o encanto não passa
deixo o rio que me atravessa
e escrevo numa folha de plátano
o destino de lágrimas presas.
Envolvo em asas a memória perdida:
vejo em pormenores a luz da vida
e a sombra do instante.
Quebro a fantasia e parto de madrugada,
encontro nas lágrimas do Mondego
as ninfas da História
que ficou parada.

Mil fontes me rodeiam:
água de amor, de guerra bebidas,
topázio e bohémia.
Qual infante de capa e batina vestidas,
pelas ruas vazias, despidas,
à Lusa Atenas me entrego.
Cidade ruína, futuro de Academia,
de ti caem lágrimas ao Mondego,
de longa História e Roma Antiga,
guardadas no cais, em segredo,
nos olhos de rapariga.
 
Lágrimas do Mondego

MagiaDeSer

 
Se da vida tirar a magia
de um saco à minha medida
não faltarão linhas
que o prendem ao infinito.
Não posso consertar a rotina
que descobre em cada esquina
o encontro do Ser.
Nem tão pouco o faz-de-conta
que tanto ou nada importa
se de conta fizer.

Alexandre Reis
Em Salobrear
 
MagiaDeSer

Nenhum ano novo

 
À beira de um ano novo
acende-se o lume
apaga-se o fogo.
Ateia-se a chama
desvenda-se o ciúme
faz-se tudo de novo.

Fermenta o destino
a labareda do povo
que salta o abismo.
No repique do sino
sente-se o orgasmo
e chega-se ao cume.

Sentado ao lume
sem fogo e com fome
que resta do mundo
para onde vai o Homem?

Alexandre Reis
Salobrear
 
Nenhum ano novo

Ideias coloridas

 
Quero ter-te em todas as ideias
à procura das cerejas
que florescem nas aldeias
e dos flamingos
que pintam quadros ao pôr-do-sol
nas cores que trouxeres
na tua saia de guizos
no teu colar de sentidos
nos naufragantes vestidos
nas cores em que somos felizes!

Alexandre Reis (HX-MC)
em www.salobrear.blogspot.com
 
Ideias coloridas

Lágrimas e sorrisos

 
Sentir teus olhos nos meus olhos
Sentir teus lábios sorrir
Sentir lágrimas perdidas nos olhos
Sentir teus olhos sorrir

Sentir o mundo dos teus olhos
para os meus partir
Amar-te por amar teus beijos
Sorrir-te por sorrirem meus olhos
que teus sabem sentir

Sentir teus lábios nos meus lábios
Sentir teus olhos sorrir
Sentir beijos perdidos nos lábios
Sentir teus lábios sorrir

Sentir o mundo dos meus lábios
para os teus partir
Amar-te por amar tuas lágrimas
Sorrir-te por chorarem teus lábios
que meus sabem sentir.
 
Lágrimas e sorrisos

Vem ter comigo

 
Vem ter comigo
ao lugar incerto
que prometi.
Vem falar do tempo,
do mundo inseguro
que conheci.

Gosto de ver
por entre os ramos
mil segredos.
Gosto de saber
pintar de cor
nossos medos.

Vem subir o monte
de ideias e sonhos
que construi.
Vem criar magia,
fadas e gnomos
no jardim.

Vem ter comigo
ao lugar incerto
que prometi.
Vem falar do tempo,
do mundo inseguro
que conheci.
 
Vem ter comigo

Salobra

 
Obra de sal,
arte na água,
saborear-te
na tarde calma.
A água da vida
salta e lava,
refresca e dança
por onde passa.
Que cama sentida
deita a palavra
de areia fina,
doce e amarga.
Nesta corrida
quem te ampara?
Onde nasce a foz,
onde pára a água?
 
Salobra

Instante

 
Das histórias que se contam não há nada p´ra esconder
Das memórias que se seguem, os livros não o sabem dizer.
Se, lá no fundo, há retalhos e versos perdidos num homem,
que se pode fazer?!
Não há rasgos de aventura e de emoção para viver
São os olhos que fecham e não se cruzam ao amanhecer
Ditam as fitas o que a sorte pode oferecer.
Já se apagam as luzes ao anoitecer
Lá fora já é hora de se esconder
Perdem-se as horas ao encontro da mulher...

São as ideias mais ternas que um homem tem
São as vitórias que não se contam mas sabem tão bem
São as manias de já julgar ser alguém
mas não resta ninguém...

Das músicas que se ouvem e tocam por aí
Das letras que invento ao pensar em ti,
saberá este mundo de um homem profundo
que se perde assim?!
Não há barcos de ilusão que não passem aqui
São os segredos que se lembram e que senti
Digam as mentiras que procuram e desejam em mim!

Ainda são as palavras que te dizem a todo o momento
dos sons e das imagens que se captam em movimento
mas nada vês nem descobres cá por dentro,
um sentimento!

Alexandre Reis
em Salobrear
 
Instante

Firmamento

 
Aqui estou finalmente
tão só como sempre.
Sentado, colado, impedido
de conquistar a voz
que, ofegante, se exprime
compulsivamente.
Pregado ao novo mundo
(imóvel a cada segundo)
em que tudo se move
para voltar ao centro.

Num deslocamento impreciso
sem recenseamento ou pré-aviso
voam bandos de pássaros azuis
na dança do fogo.
Tenho-me crucificado em vão,
aos poucos repiso, venero o chão
e peço compreensão!
A cada dia o céu muda de cor,
debotam-no os voos das aves a motor
cruzando oceanos.

Que pode ser dito
a um mundo em conflito?
Zumbidos mudos... Ouvidos interrompidos...
A ânsia de guerrear enfurece
a inconsciência espectacular
e estridente.

À noite
as estrelas entretêm-se a contar
as luzes da rua dos inocentes.
Por cada um(a)
cresce o firmamento.
 
Firmamento

Lágrima

 
Chora
Cai a água da tua fonte...
Crescem as margens pela face,
o horizonte.
Deixa-te levar pelo sentimento
de envolver esse rio
da tua alma.
Fica com a feliz sensação
feita em lágrimas de tocar
fere o mal que te fez chorar.
Poderá ter sido uma flor,
pequena pérola sonhadora
preferida a sós,
Gota de tristeza
guiada no mar de sóis
guarda de muitos olhos.
Bola de cristal, luz do dia,
bela estrela caída ao mar
brilhante ao luar.
Nascente de sede
que se evapora e perde...

Alexandre Reis (XZ)

Em salobrear
 
Lágrima

Chuva de Verão

 
Sabe tão bem
a chuva de Verão,
água do céu vem
molhar o chão.

O sabor que da terra nasce
é tão doce que entorpece.
Acalma-se a poeira, mansa
e um estrondo soa, cansa.

O calor bebe desta chuva
e recolhe nos seios, a fruta.

sabe tão bem
a chuva de prata
corre e encanta
o coração.

Publicado em
www.salobrear.blogspot.com
 
Chuva de Verão

À margem

 
Um rio nasce do nada,
tal como as estrelas são douradas
e o fogo é incandescente.
Da alma surge a água
que cai em lágrimas de sofrimento.

No outro lado do rio
há nuvens num céu cinzento.
Nasce a vontade de inventar
um rumo novo,
redescobrir outros tempos.

Navego na barca dos amantes,
desesperadamente...
À noite, o desconhecido,
a constante procura da luz.
Até que, de repente,
o rio estende-se
e confunde-se no mar da vida.

Alexandre Reis (JX)

Em salobrear.blogspot.com
Eis o poema introdutório de um livro organizado mas não publicado
 
À margem

De repente

 
De repente, num instante, a cor é outra
Acordam os rasgos e as tiras da roda colorida da vida
Saltam à nossa frente os sustentos da leveza eminente
Mas, de repente, num instante... Sofre a gente!
Amaldiçoam-se os defeitos, fazem-se reparos aos outros
Sobram poucos!... Quase nenhuns, quase ninguém!
Porém, de repente, num instante, emano os poderes do além,
essa energia crescente e flamejante - o meu sol circundante
Acalmo.
As ondas sussurram na areia d´ouro finas melancolias
Embaladas na foz do rio
Ao largo passam as frotas de navios em desespero
Alma minha gentil, voltaste de repente!
Num instante sou corpo, sou gente, sou alguém!
Montanhas nevadas, trenós galopantes, cavalos com asas,
memórias distantes, num instante
Recuso e acuso.
Se invoco, me impeço de haver um começo
De ter um curso - regato rendido às portas da vida
Mas, de repente alguém bate - Sou gente!

Alexandre Reis (X)
 
De repente

Restos

 
Já nada resta aqui.
Partiram todos para o outro lado do rio,
faz muito tempo.
Despeço-me hoje e volto amanhã
porque haverá menos gente.
Não interessa procurar,
estão todos no devido lugar
e nada me pertence.

Já se foram embora.
O sino toca a toda a hora
para avisar da solidão que me espera.
É tão tarde por ser assim,
nem há Primavera que me alegre
estou sozinho, enfim.

Ouvem-se os gritos daquela miúda
que sabe tudo quanto há-de ter,
que escolhe quem amar
para nem sequer ter prazer...
Sempre me enganei por estar certo
neste eterno espaço aberto
onde um dia entrei.
Que me resta fazer por cá,
senão procurar aquilo que não há
e com sempre sonhei?

Alexandre Reis (K3)
em www.salobrear.blogspot.com
 
Restos