Poemas, frases e mensagens de NCosta

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de NCosta

Mesmo que...Neila Costa

 
Mesmo que...

Mesmo que
a ceia não seja
rica,
que a história
não tenha lógica;


mesmo que
o céu
seja da casa
o teto,
E a lua
o lampião;


mesmo que
o colchão
seja de palha,
a nuvem,
lençol que nele
se espalha;


mesmo que
a brisa da praia
seja do quarto
O split,
E a cachoeira,
Seja do banheiro
o chuveiro,


mesmo que
o poema brejeiro
sirva de amostra,
ou prova
do amor verdadeiro;


pouco há de doer
o amanhã,
para quem vive
o presente
de forma sã!
 
Mesmo que...Neila Costa

Venha quando quiser

 
Neila Costa



Venha,
quando quiser,
com tuas mãos viris,
batendo à porta
do meu coração;

venha,
com tuas mãos,
laboriosas,
mas não as quero
nas poesias,
como interpretes
do passado;

venha,
com tuas mãos
sossegadas,
amparando nossas vidas...
apaixonadas;

venha,
com tuas mãos
mornas, suadas,
- desatadas -
para o encontro febril
de nossas almas;

venha,
com tuas mãos
em mim,
sequiosas,
para o embate sem fim
das nossas emoções!
 
Venha quando quiser

Palavras, palavras...

 
Palavras, palavras...
Neila Costa

Não vou
Desalojar as palavras
Que vêm da alma,
Nem vou deixa-las
De fora,
Jogadas ao léu.
Vou despi-las
- uma a uma -
Retirar seus véus,
Sob os quais se escondem
Da humanidade os assaltantes
E os usurpadores da pátria,
Pessoas que desatinam
Esse mundéu...
Não vou
Carregar na maquiagem
Como se fora clandestina
Degradando a harmonia,
Aniquilando semblantes,
Mascarando pensamentos.
Vou deixa-las suspirar
Como suspira o poeta...
Vou deixa-las gemer,
Gemer por alguns momentos
Como se sentissem do universo
Dores e tormentos...
Vou deixa-las esvoaçar
Como folhas de outono,
Desfolhadas,
Ao abandono...
Vou soltá-las sem escolha,
Pelas fimbrias páginas
Amareladas
Do dia a dia,
Para não sufocar
A essência da poesia.
 
Palavras, palavras...

O VÔO SOLITÁRIO DA BORBOLETA-Elen de Moraes(audio)

 
O VÔO SOLITÁRIO DA BORBOLETA-Elen de Moraes(audio)
 
 
O VÔO SOLITÁRIO DA BORBOLETA-Elen de Moraes(audio)

Poema esdrúxulo-Neila Costa

 
Poema esdrúxulo-Neila Costa
 
PS:se não deu para ler acima, leia abaixo e deixe seu comentário.Obrigado.

Poema esdrúxulo

Palavras em greve
A esse poema,
São intimadas
Por fugirem ao tema.
No último instante,
Perplexas,
Desconversam
E fogem
Do bico da pena,
Perturbadas
Pelo refluxo da emoção
Da minha alma.
Sem se aperceberem,
Saem do casulo,
São tragadas pelo poema
Esdrúxulo
E escorrem pelas estrias
Do pergaminho,
Em ulos
E lágrimas...
 
Poema esdrúxulo-Neila Costa

TEU POEMA - Feliz Aniversário Elen de Moraes

 
TEU POEMA - Feliz Aniversário Elen de Moraes
 
FELIZ ANIVERSÁRIO ELEN DE MORAES!
16/07/2010

Hoje é dia de festa,festa para quem já viveu mais um ano de vida, festa para todos aqueles que são seus amigos, aqueles que sempre têm uma palavra de conforto nas horas precisas, ou um abraço carinhoso para te dar.E o homenageado de hoje não é só você, somos todos nós que lhe temos como amiga!
Parabéns,Elen de Moraes!

Teu poema
Neila Costa(Para Elen de Moraes)

Teu poema
Entoa como música rítmica
Dos teus momentos,
Ecoa como súplica
Aos amores desatentos.

Teu poema,
Ardoroso sentimento,
Como as chuvas invernais,
Escorre do pensamento
E, faustoso, deságua no coração.

Teu poema
Tem do amor
Os mais sentidos e sonoros ais,
Mas tem colorido e felicidade
E os hiatos paradoxais.

Teu poema
Tem característica e cheiros
Da bela e exótica flor da noite…
Tem versos aventureiros
Adubados na tua alma

Teu poema,
Como a estrela mais brilhante,
Tem luz diferenciada…
Tem o toque exultante
Dos amores apaixonados.

Teu poema
Com rimas que se casam
Nas palavras que se abraçam,
Tem no coração e na alma
Divinos versos
Que se entrelaçam.
 
TEU POEMA - Feliz Aniversário Elen de Moraes

VERSOS DA MINHA ORAÇÃO-Neila Costa

 
(À minha Mãe in memoriam)
 
VERSOS DA MINHA ORAÇÃO-Neila Costa

Mossoró e Tibau

 
MOSSORÓ E TIBAU (RN)- Neila Costa (Poesia que participa do livro \"Antologia Poética\" de poetas e escritores filhos da terra)

[size=medium]Ao escrever uma poesia homenageando minha cidade natal, Mossoró (RN), permiti que o amor e o orgulho que sinto pelo chão que me viu nascer e crescer, escorressem pelos meus versos, de modo muito intenso. Foi por isso, talvez, que David Leite, ao tomar conhecimento desse meu \"Hino\", tenha me convidado a participar da \"Antologia Poética\", onde reuniu Poetas e Escritores filhos da cidade. Assenti e aqui estão meu poema e a excelente crítica sobre o livro, favorável também ao meu trabalho, ao ser citada pelo Escritor Nelson Patriota.
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Mossoró e Tibau

Neila Costa

Mossoró
Dos dias inesquecíveis da minha infância,
Dos jogos de amarelinhas e das queimadas,
Nas velhas mangueiras, as escaladas,
E o futebol pueril com a vizinhança.

Mossoró
Das belezas da extensa praia do Tibáu,
Suas jangadas, águas azuis e relaxantes,
Dos corpos estirados ao sol, exuberantes...
Namorados de mãos dadas ao cair da tarde...

Tibau
Da típica e saborosa comida,
Do camarão e do peixe frito na tapioca,
Da água de côco, do milho verde, da paçoca,
Da coalhada, do baião de dois e da peixada.

Tibau
Dos extensos morros de areias coloridas,
Mundialmente conhecidas... e engarrafadas
Formando paisagens manualmente trabalhadas.
Cidade das rendeiras, artesanatos e bordadeiras.

Mossoró
Da minha primeira lágrima, meu primeiro amor,
Do meu primeiro beijo na pracinha, no escuro,
Das ilusões juvenis, do devaneio mais puro...
Da vida adolescente que deixei para trás...

Mossoró
Terra mãe, amada, que trago na memória,
E na alma a inspiração dos versos que faço agora...
No coração, meu amor por ti, desde outrora...
És e sempre serás o enredo da minha história.

Presença poética de Mossoró e Tibau

Nelson Patriota [ escritor ]

Que cidade não inspira admirações as mais variadas, e que pouco a pouco não se traduzam em cantos e poesias? Nem mesmo a melancólica Beócia, de triste memória na Antiguidade, se privou de seus poetas e cantores. Com mais razão, a combativa Mossoró, sempre acompanhada do aposto “Princesa do Oeste”, inspiraria louvores de vária ordem não só a mossoroenses de direito, mas também os adotivos – quer os que a adotaram, quer os que foram por ela adotadas. Ou a ambos os casos.

O livro “Mossoró e Tibau em Versos: antologia poética” (Sarau das Letras, 2014), organizado pelo poeta David de Medeiros Leite e José Edilson de A. G. Segundo, é mais uma de outras tantas antologias que a cidade de Mossoró suscita de tempos em tempos, a exemplo de “100 Poetas de Mossoró”, organizada por Caio Cézar Muniz, e com a qual compartilha um sentido fluido e elástico do termo “antologia”. Com efeito, ambos remetem mais à recolha do que a seleção, pecado aliás muito corrente nas modernas “antologias”, que, por não terem um propósito crítico, elegem como parâmetro diretivo o acervo disponível em torno do seu objeto de eleição indiscriminadamente. Isso finda por conferir a esses livros um caráter generalista e desigual, quando se cotejam seus textos mais acuradamente, colocando lado a lado poemas de gêneros e qualidades diversos; por outro lado, dá a esse conjunto díspare um verniz documental, uma vez que acolhe praticamente tudo o que considerar pertinaz ao tema.

Devido a isso, a antologia apresenta um largo espectro de gêneros que comporta versos brancos, cordéis, elegias, sonetos e outros estilos poéticos, enquanto a diversidade de autores abre um vasto leque de motivos, alguns bastante originais no tratamento do tema comum. Os exemplos são vários: o poema longo “Conversa de cangaceiros a cavalo no dia em que atacaram Mossoró”, de Homero Homem, o poema “Exercício de memória”, de Deífilo Gurgel, o cordel “De calça curta e chinela”, de Antonio Francisco, “Adoção”, de Clauder Arcanjo, “Canoeiros de Mossoró”, de David Leite, entre tantos outros.

À diferença da recolha poética levada a cabo por César Muniz, essa de David Leite e José Segundo inova ao incorporar a poesia telúrica e talássica inspirada nos encantos da praia de Tibau, extensão dos domínios afetivos dos mossoroenses; sua Pasárgada, no sentido bandeiriano. Predomina, porém, numérica e qualitativamente, a fonte de inspiração encravada nos chãos mossoroenses, como a dizer que o primeiro amor transborda de inspiração, em comparação ao amor tardio de Tibau.

A exceção é o poema “Mossoró e Tibau”, de Neila Costa, que reúne esses dois afetos mossoroenses numa ciranda de versos que se alternam em propalar ora as belezas e virtudes de um, ora do outro, numa celebração balanceada a fim de não melindrar nenhum deles. O fato, porém, de abrir e fechar o poema com evocações a Mossoró, deixa transparecer uma preferência tácita por esta cidade.[

A paixão por Mossoró transborda sem pejo no poema “Ó Mossoró! Ó Sol”, de Cosme Lemos, que vale por uma quase-elegia à Princesa do Oeste, e que logo em seus primeiros versos estabelece a ligação essencial da cidade com o astro-rei Compare-se com o poema “Mossoró, sob o sol e o vento”, de João Wilson Mendes Melo, cujo verso inicial diz: “Na cidade em que nasci e cresci / Quem governa e quem manda é o sol”), enquanto escande a solitária vogal iterativa do nome da cidade: “Ó Mossoró! Ó Sol! As consoantes mortas / Perdem-se no clarão da vogal que as consome / E acorda todo o Oeste, abrindo as tuas portas, / Para dar ao sertão o calor do teu nome [...]”.

http://tribunadonorte.com.br/noticia/ ... de-mossoro-e-tibau/290703
 
Mossoró e Tibau

ANTES QUE O FUTURO AMANHEÇA-Neila Costa

 
ANTES QUE O FUTURO AMANHEÇA
Neila Costa

Não vou silenciar as palavras
Que caminham sobre pantufas,
No asfalto quente da vida,
Quando a inspiração camufla
A realidade sofrida...
Não vou dominá-las na pausa
Que caí da vírgula,
Nem no mistério que a reticência
Inspira...
Nem delas suprimir a lágrima
Que se solta do ponto,
Em sinal de sobrevida.
Vou abraçar cada palavra,
Numa provável viagem,
A um mundo sem revolta...
Vou lhes dar as cores
Como escolta
Vou libertá-las...
Soltar suas amarras
Para que encontrem o caminho...
Não vou deixá-las presas
A um pergaminho,
Em jornais de noticias urgentes!
Ouço-as gementes...
Como se o gume da espada da violência
Sobre elas, estivesse cravado.
Ou melhor, seria trancafiá-las,
Mortificá-las em cada exclamação,
Como tantas consciências prisioneiras,
Que, convenientemente,
Se deixam arrastar!?
Ou como tanta gente inconseqüente
Que prefere vê-las na fogueira!?
Melhor expeli-las,
Antes que o futuro amanheça!

Antes que o futuro amanheça
Neila Costa
 
ANTES QUE O FUTURO AMANHEÇA-Neila Costa

FILHA DA MINHA VIDA-Neila Costa

 
Filha da Minha Vida
(Para minha filha-Lara)

Lembro-me sempre, minha filha,
Do seu cabelo em cachinho,
Um a um encaracolados,
Quase sempre em desalinho,
Em meus dedos enlaçados
Emoldurando o seu rosto,
Aos meus olhos, tão perfeito!
Foi por Deus eleito
Meu único rebento,
Para ser em meu peito
Por seu amor angelical,
O amor sem preconceito.
Amor de mãe incondicional!

Lembro-me sempre, minha filha,
Do seu olhar apreensível
Pela minha chegada
Do seu sorriso imbatível,
Pra ficar a mim, abraçada...
Do seu jeito inconfundível
Durante essa caminhada...
Sei que ainda lhe falta muito
Para chegar aonde quer
Mas nada na vida é gratuito
Quando se pretende vencer.

Filha da minha vida,
Tão alegre tão festiva,
Ousada e destemida,
Cheia de iniciativa,
Enérgica e vaidosa,
Um pouco consumista...
Tão simpática e graciosa!!!

Filha da minha vida
Que venceu minha expectativa!
Ó minha filha querida
Saiba que lhe amo assim:
Se hoje preciso fosse
Faria tudo de novo
Para lhe ter junto a mim...
 
FILHA DA MINHA VIDA-Neila Costa

Paginas umidas

 
Neila Costa

O rosto no pó,
espelha o meu
tornado
em águas
e não só.

Dolorida,
ao léu, a carne
deambula
condoída.

Sigo pelas ruas,
continuadas,
pelos dias insossos
sem sol,
pelas frias madrugadas;

vivo
como lua encoberta,
embrulhada em manto
de nuvens,
à chuva de sobreaviso;

vivo
de improviso,
sem caça e sem riso,
sem me conter;

vivo
por tuas lembranças,
por tua alma cândida,
cristalina,
sossegada,
rendida
aos campos infinitos
do céu;

vivo
como quem por dentro
vive do teu olhar que me lê,
nas paginas úmidas de saudade
de você.
 
Paginas umidas

Sangrando

 
Neila Costa

Sangram-me as palavras
Como sangra, do vagabundo,
A vida sem sentido...
Inferno nauseabundo.

Sangram-me as palavras
Como quem sangra
Do amor, a ternura;
Do lar, a quietude;
Da sensatez, a prudência;
Da paz, a serenidade;
Da injúria, a paciência.

Sangram-me as palavras
Como quem sangra
Da rua, a tranqüilidade;
Do céu, as estrelas;
Do dia, o sol
E da noite, a lua.

Sangram-me as palavras
Como sangra a sensibilidade
Diante do terror diversificado,
Como sangra tudo o que assola
A enraivecida humanidade.

Sangram-me mais além...
Como quem, na vida, sangra
A carne... e a alma de alguém.
 
Sangrando

Quem sou eu

 
Quem sou eu
 
Neila Costa

Quem sou eu
Pra falar
Da chuva que desatou
O que se poderia
Viver por amor!

Quem sou eu
Pra falar do café
Sem açúcar que foi a vida,
Quando se sabia,
Que pra ela não amargar,
Não haveria "doces" momentos
Sem preço a pagar!

Quem sou eu
Pra cicatrizar
As malditas chagas
Da paixão,
Se ela não se desagarrou
Da nossa essência!

Quem sou eu
Pra esquecer o arquejo
De um beijo,
O desassossego das mãos,
O desencontro das almas!

Quem sou eu...
Se assim,
Somente a mim
Eu me apego!

Mas se for pra viver
Eternamente,
Desse jeito,
Com essas dúvidas no peito,
Eu me renego!
 
Quem sou eu

Verso de criança-Neila Costa

 
Verso de criança-Neila Costa
 
Neila Costa

Logo cedo,
Corre sem enredo
E sem medo,
Pelas linhas do papel.

No casulo,
Lar da imaginação,
Sai o vocábulo
Em conteúdo diverso,
Livre de preceito,
E é sempre o eleito
Por esse universo.

Verso de criança,
De tenra pureza,
Não liga, do poema,
A aparência
Da qual se veste,
- exímia inocência!
De palavra nua,
Sem exigência,
Descalça de tristeza
E violência.

Verso de criança,
Corre como
Um rosto em riso
Sob a chuva!

Verso de criança
São ideias de mel
Que saem em prosa
Pelas linhas do papel.
Corre aos pulos
Como um corcel,
Sob o cuidado
E amor puro,
Que vem do céu
Fazendo-se fiel
Às histórias de cordel.

Verso de criança
É como pirraça
Que vem a tropel,
Pulando com graça,
Da mente para o papel.
 
Verso de criança-Neila Costa

Paginas em branco

 
Páginas em branco
Neila Costa

O estro foi desfeito!
Gemeu demoradamente
No peito
Debatendo-se nas rochas do sentimento.
Ouviu-se o silencio
Que se fez pausa
Quando o tempo degustava
Das horas o desperdício,
Que teve como causa
Desejos amputados
Ou trancafiados
No âmago da alma.
O que foi suplicio!
Contudo,
O que da alma
Arranco,
Deixo descansar
Ao leito das paginas
Em branco.
 
Paginas em branco

COEXISTÊNCIA-Neila Costa

 
COEXISTÊNCIA-Neila Costa
 
Neila Costa

No peito, já tantas águas que rolam...
E o corpo ainda tinge cicatrizes.
Emoções em mim sangram e deslizam
Desfazendo-se as cores e os matizes.

Lá, bem distante, ouço a voz que resvala
Na minha alma e que comigo chora.
Será bálsamo pra dor que não cala
Ou tu, que se materializa agora?

Como dói a dúvida da existência!
Além da terra, desde aquela hora
Silenciosa... rasgando a consciência!

Me dói o silêncio da tua ausência!
Quem sabe, tudo não se acaba agora
E encontramo-nos n’outra coexistência?
 
COEXISTÊNCIA-Neila Costa

Palavras Impugnaveis

 
PALAVRAS IMPUGNAVEIS

Na poesia,
Purifico o sentimento,
Dou ilusão à palavra
Que, prostrada
Por medo
De ser mal Interpretada,
Acanha-se ou sucumbe
Em meio a tantos percalços...
No elevador da alma,
Sobe e desce,
Em efusão,
Esperando a porta se abrir,
Para ir ao encalço do dia...
E se expandir!

Em manhãs truculentas,
Ao meio-dia,
Em tardes infernais,
Ou nas madrugadas sem lua,
No breu das noites,
Solto rajadas de palavras
Diante das ciladas da rua,
Que nos surpreendem...
Nessas horas,
Aspiro sais
Que de nada adiantam!
Engulo os ais...
E por momento,
Tento
Abrandar, do mundo,
O desapontamento.

Embora?Não vou!
Não espero
O sol se opor a nascer,
Nem fico em casa,
Enclausurada, a me abater...
O manuscrito,
É a canção do aflito,
Que componho
Em sol bemol,
Que expulsa o grito
Por um sustenido,
Pelo descaminho
De dia desmerecido.
Fico a plainar como ave,
A terra sem nave,
Sem véu, sem cor,
Sobre tempo insuave.
Ré, pela morte
De um jardim sem flor,
Corroído por cupins
Insaciáveis.
Continuo a plainar...
Em lupa,
O olhar carrega a culpa
Pelo aumento das diversidades...
Sem desculpas!

Meu texto,
Embriagado pelo desgosto,
Cambaleia pelas pautas,
Sem musicalidade,
Sem lema,
Mas, de racionalidade
E tema,
Proposto à raça inumana...
 
Palavras Impugnaveis

Sal das minhas lagrimas-Neila Costa

 
Sal das minhas lagrimas-Neila Costa
 
 
Soneto,formatação de video,narração:Neila Costa
 
Sal das minhas lagrimas-Neila Costa

Meu Fado-Neila Costa

 
Meu Fado-Neila Costa
 
Neila Costa

Eis aqui meu fado
Que quisera ter cantado
Quando te quis ao meu lado.
Quisera ter tido teus braços
Nos meus enlaçados.
Quisera ter tido o amor
De um poeta
Cantando este fado.
Quisera ter tido o poder
De saber quando se é amado.

Ah, esse fado que canta,
Que grita, que sangra...
Que vive nas minhas entranhas!
Quisera ter falado das flores...

Eis aqui meu fado
Desvendando os momentos
Do nosso olhar.
Gravado em pedra...
Jogado ao mar...

Eis aqui meu estranho fado!
Que sai desta boca sentida,
Entre o querer e o não querer,
Que escorre em lágrimas
No meu rosto sofrido,
Quando chora meu coração ao dizer:
Quisera...quisera ter te amado!
Eis aqui o meu fado.
 
Meu Fado-Neila Costa

PECADO MORTAL-Neila Costa

 
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Poesia e narração:Neila Costa
 
PECADO MORTAL-Neila Costa


Sou o Ontem vestida no Hoje
que no Agora em que transponho
sentimentos em algo real do instante,
transcrevo o que sou ou quem fui
fora de hora.
Sou o Eu Vestida nas Horas,
que escorre pelos Minutos
e Segundos que se vão afora.
Neila Cos...