Poemas, frases e mensagens de Silva Torres

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Silva Torres

In my dreams i find you

 
in my dreams i find you. I find you, the healing of my sickness. day after day, it just gets repeated... since the moment i wake up, until the moment i lay down on my empty bed, i just dream about a dream. the dream of having you in my dreams. People will say we do not match, but it does not mather. I care more for what i belive in. And i belive in you. I belive in all those silly moments, those moments in wich i get myself driven out of reality and transported into a new dimension. A dimension where there is no one else. it is just the two of us, floating throught a paralel place, where ordinary people can't see us. Maybe i am just an alter-ego, the result of your own mind. In fact, i am a result of you. you interfere directly with what i am, and what i produce, you organize my mind and my thoughts. Basicly you established the rules for my mental sanity. but it is just my dream. the dream of finding you in my dreams.
 
In my dreams i find you

Máquina Fotográfica

 
Hoje tirei-te uma fotografia. Uma não. Várias. Estive agora a contempla-las e a perguntar-me se algum dia poderei concretizar aquele velho sonho de miúdo que já todos tivemos: Fotografar algo ou alguém e transportar esse algo ou alguém para dentro da máquina carregando-o numa fita de 30mm, bastando posteriormente revelar essa fita para os ter perto de nós. Tu não gostas que eu te fotografe. Dizes que ficas mal e que "não-sei-o-quê". Mas asseguro-te já que não ficas. Eu gosto de fotografar-te e captar a tua aura do momento. Gosto da sensação de remover a fita no escuro, de a encaixar na espiral e de a guardar dentro do recipiente hermeticamente fechado. Gosto de verter o líquido revelador. Revelar-te, é descobrir-te, dar-te a conhecer, trazer-te à luz. à minha luz. Depois de revelada a fita, verte-se a solução de paragem, mais conhecida por STOP. É neste momento particular que mais saudades tuas sinto. Lembro-me sempre do momento em que me deixas e segues a tua vida. No fundo, este é o momento em que mais saudades tuas sinto. No fim coloca-se um fixador. Fixei agora os meus olhos numa foto que tiramos juntos. Adoro observar o teu rosto junto ao meu. Mas volto a sentir saudades. Sinto saudades de sentir o teu lábio tocar o meu. Sinto saudades de poder embrulhar os meus braços em ti. No fundo, sinto saudades tuas. A minha máquina não guarda as pessoas dentro dela (infelizmente). Guarda antes a memória de uma tarde bem passada, junto da pessoa que mais bem me completa. Até lá, vou-me contentando com uma imagem. No entanto essa imagem faz-me acreditar que da próxima vez que estiver contigo me vai saber aínda melhor abraçar-te. Vai saber aínda melhor voltar a fotografar-te, entrando num circuíto eliptico, que me leva de volta ao topo deste texto.
 
Máquina Fotográfica

Reflexos

 
Hoje voltei a fotografar-te. Várias vezes. Estava agora a tentar enganar a saudade quando me apercebi de um facto curioso. Numa das fotos que te tirei apareço reflectido. A imagem está um pouco distorcida e não dá para me identificar. Mas eu sei que fui eu. Porque eu estava lá e porque foi um momento que soube bem. Na foto, apareço reflectido nos teus óculos de sol. Revejo-me em ti. E gosto. Estou agora a ver outra foto. Estamos os dois de óculos de sol e vejo outro reflexo. Vejo o reflexo daquilo que está por perto e vejo o reflexo daquilo que está para a frente, aínda por explorar. Por agora, só te peço que continues a explorar este mundo comigo. Dorme bem. Até amanhã.
 
Reflexos

O silêncio magoa

 
Ás vezes doi mais o silencio do que um berro. Eu berro e doi-me a garganta. Se continuo a berrar, ela doi-me aínda mais até que fico rouco e não consigo berrar. Aí surge o silêncio. Como estou com dores de garganta por ter berrado tanto, sou fisicamente obrigado pelo meu corpo a estar calado. E secalhar, aqueles berros que eu estava a emitir, não passavam de meras afinações, pequenas descargas que o meu cérebro enviava, como forma de soltar um impulso nervoso. Seja como for, o meu silencio é especial. É especial porque é diferente do teu. E o teu é especial porque é diferente do meu. Cada um de nós tem uma forma muito própria de berrar e de estar calado. Tu passas muito do teu tempo em silêncio. E quando berras, ouve-se bem alto, lá pelos quatro cantos do mundo segundo sei. Eu não. Eu passo a vida a berrar. Mas depois fico em silêncio e solto o meu grito mudo. Podes não te aperceber, mas todos os meus gritos mudos encontram uma forma de chegar a ti. Seja uma música, um texto, um desenho... não interessa. Hoje solto mais um grito mudo, porque quis que entendesses os meus gritos mudos. Sempre que os solto é porque algo importante aconteceu. Solto os meus gritos mudos todos os dias, seja de que forma for. Há os que têm pouca importância, aqueles sem os quais já não consigo passar algumas horas sem soltar. Mas há também os que têm muita importância, gritos mudos que debitam mais décibeis do que qualquer amplificador. É este o grito mudo que trago até ti hoje. O grito mudo em que te revelo a existência de um grito mudo, o grito mudo que tem mais força do que qualquer voz. A ti.
 
O silêncio magoa

O Erro

 
Esta noite sinto-me mal. Podre, baixo. As palavras metem-me nojo. Sinto-me enjoado, saturado. Nunca pensei que errar pudesse fazer-me isto. Hoje julguei-te sem culpa, fui precipitado e aprendi uma lição. As palavras metem-me nojo. Aprendi que uma simples letra pode mudar toda uma frase e levar-me a cometer erros graves. Vou contar-te uma história. Não. Conto depois, pessoalmente. É que hoje as palavras metem-me nojo. A essência da palavra. Hoje desconheço-a. No entanto escrevo agora para não dar em louco. Mas as palavras metem-me nojo. Hoje passei uma boa hora a falar de ti. Fui em busca de um porto de abrigo neste caos em que divago. Hoje as palavras metem-me nojo. Corre uma lágrima no meu rosto. Será uma simples reacção do meu corpo? Será que choro por saber que agi mal e magoei alguém? Ou será que choro por sentir obrigação de receber em mim toda a dor que causei em alguém? Não sei. Mas as palavras metem-me nojo. Não quero com isto pedir-te desculpa por um erro cometido. As desculpas não se pedem. Evitam-se. Quero sim dizer-te que hoje aprendi muito. Hoje evoluí. Hoje descobri que as palavras me metem nojo. Hoje senti de verdade o que significa amar.
 
O Erro