Poemas, frases e mensagens de RosaSolidão

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de RosaSolidão

Vestida de Saudade

 
Vestida de Saudade

Nesta saudade que me veste...perdida de mim
Nos meus olhos tristes...um sorriso amordaçado
Uma fria recordação...uma dor sem fim
Perdurando no silêncio...deste amor cansado

Morreu em mim o desejo...cansado de tanta mágoa
Tantas madrugadas...tanta noite...tanto frio
Tanta lembrança...tanta ausência...tanta mágoa
Suspenso no tempo...ficou meu corpo vazio

Tudo em mim é noite imensa...fria escuridão
No anoitecer do tempo...uma dança de agonia
Amortalhando a minha alma...ferindo meu coração
Nas palavras que foram vida...vive a melancolia

No meu rosto envelhecido...os sonhos morreram
Viveram a luz...aqueceram a noite...foram madrugada
Caminharam comigo...no coração adormeceram
Hoje...vivem na noite...esperando a alvorada

Minha alma vive no limbo...minha eterna solidão
Abraça-me a noite...envolve-me em seus braços
No silêncio magoado...perdi a ternura...a ilusão
Estão perdidos no tempo...o ontem dos meus passos

Vagando na madrugada...meu amor anoitecido
No silêncio do passado...ficou a felicidade
Suspenso na solidão...meu coração ferido
Esperando o amor...vestida de saudade

RosaSolidão
 
Vestida de Saudade

Coração Magoado

 
Coração Magoado


Num tempo distante...minha lembrança perdura
Nas folhas de melancolia...que meu corpo vestiu
Envolto em agonia...meu coração é noite escura
Vagando na sombra...este amor tão frio

Arranco as palavras...do livro das minhas mágoas
Amordaço o amor...no meu coração desfeito
Esqueço meu corpo...no rio das minhas lágrimas
Procuro por mim...no frio onde me deito

Vasculhei as gavetas do meu peito
Encontrei cartas esquecidas...poemas de amor
Restos de paixão...silêncios e lamento
Sonhos perdidos...momentos da minha dor

Na negrura do tempo...escrevo a minha mágoa
Palavra em chaga...Inverno da minha dor
Suspensa na solidão...ficou uma lágrima
Doendo no meu corpo...uma melodia de amor

O silêncio está em nós...negro lençol de cetim
Feito de tempo e passado...sonho e ilusão
Noites e madrugadas...restos de mim
Alma amargurada...meu leito de escuridão

Nos meus olhos...guardo o silêncio de ti
Guardo as rosas...desse amor sonhado
Nas brumas do passado...o que sobrou de mim
No silêncio dum poema...um coração magoado

RosaSolidão
 
Coração Magoado

Trevas

 
Trevas


Estou só...procuro-te nas minhas madrugadas
Mas só vejo sombras...dor...treva...escuridão
Em sonhos te procurei...nas noites sem alvorada
Adormecida no meu peito...uma eterna solidão

Sonho a morte...meu instante derradeiro
Suspensa no silêncio...ficou minha alma vazia
Chorando a vida...vida que me chorou primeiro
Vivo ainda...mas estou morta...sou terra fria

Minha sombra...eterna companheira de agonia
Tua voz...são lágrimas mudas...grito de dor
És noite tenebrosa...abismo de fim do dia
No meu coração magoado...restos dum grande amor

Espero a eternidade...no meu corpo de pó
Despede-se de mim a vida...instante de silêncio
O meu coração é mágoa...e eu tão só
Esperando a noite...na minha sombra anoiteço

A minha alma chora...chora a vida...o que perdi
Memórias apagadas...beijo eterno...triste melodia
Na dor calada...que grito ao vento...grito em mim
Sombra de saudade...treva escura...minha agonia

Quero que a eternidade...meus olhos feche docemente
Que a penumbra...seja meu leito...minha dor
Rosas...violetas...lilases...minha sepultura enfeitem
No adeus da vida...quero uma melodia de amor
 
Trevas

Anoitecer

 
Anoitecer

O passado é um labirinto de recordações...abismo do meu olhar magoado...vagando na sombra da memória, num frio de solidão...vazio intenso na noite...eco de longas horas...escuridão sem fim...grito de alegrias mortas, muro negro de palavras por dizer...numa eternidade de deserto...na solidão do meu olhar...numa melancolia de passado sem futuro...longa resignação a rasgar-me o corpo e a alma...noite longa de lamento...espectro da minha renúncia...ecoando na memória...recordações de instantes adormecidos...de palavras que esperei...num suplício de amargura...despojos da minha dor...num grito vão...na distancia do passado...num deserto de memória esquecida...num frio olhar...grito da minha mágoa...clamando a dor que sufoca, nas noites sem fim...mergulhada nas cinzas das lembranças...no meu sorriso parado...suspenso no tempo...no meu rosto de amargura...tristeza do meu anoitecer.

Sou o silêncio...na distância de ti
Sou a lembrança...de promessas adiadas
Sou a dor escondida...perdida de mim
Sou a noite...escurecendo as madrugadas

As minhas lágrimas...são as palavras caladas
São os sorrisos...que morreram no meu peito
São o grito...a dor...das vazias madrugadas
São o vazio...na solidão onde me deito

Na sombra de mim...passaste na minha vida
Deixas-te o crepúsculo...no meu entardecer
Uma melodia de silêncio...no meu corpo perdida
Nos meus lábios...o sabor dum beijo por nascer
 
Anoitecer

sou...nada

 
Sou...

Sou paixão...sou tempestade...vida esquecida
Nos gritos do meu ser...sou saudade
Sou triste outono...no anoitecer da vida
Sou cinzas de mim...esperando a eternidade

Sou escura noite...terra de desencanto
Sou frio de Inverno...verso nefasto
Na raíz do tempo...solto meu pranto
Sou de ti vida...triste repasto

Sou veneno...sou amor...sou nada
Sou profunda dor...imensidade
Sou morte na vida...já sepultada
Coração vazio...sou saudade

Sou anjo errante...alma perdida
Espero a madrugada...sou estrela da noite
Sou nuvem de escuridão...resto de vida
Lamento maldito...sem horizonte

Sou silêncio...sou noite...instante de agonia
Momento nas horas...vendaval de loucura
Na escuridão dos meus sonhos...chamo o dia
Sou memória do tempo...tempo de amargura

Mergulho o olhar...neste deserto sem cor
Procuro um oásis...sou ave no infinito
Na longa caminhada...sou campo de dor
Sou terra de bruma...escuro labirinto
 
sou...nada

tempo

 
TEMPO

Soluça o tempo...nas palavras doloridas
Soluça a noite...na bruma das lembranças
Soluça o silêncio...no sarar das feridas
Soluça a eternidade...na morte das esperanças

Choro pelo ontem...no hoje morto em mim
Choro pelo amanhã que não existe...choro o vazio
Nesta dor que é só minha...choro o que não vivi
Choro os momentos amargos...no meu olhar tão frio

O meu silêncio...página em branco...meu poema
Escrito a sangue...na alma...no coração
Rima maldita...que me fere...que me queima
Entre as palavras e o tempo...ficou a recordação

Na ausência das palavras...sou o lamento do vento
Marcadas em mim...são páginas de vida
Que vou escrevendo...na solidão do tempo
Preenchendo o silêncio...na minha alma ferida

O tempo passa lento sobre os meus escombros
Triste como a morte...treva escura
Na sombra que em mim desce...nos dias longos
No silêncio da noite...sou companheira da amargura

Os meus sonhos...são a tristeza...são a saudade
Amanhecem...na cinza que o vento traz
Numa nuvem de revolta...negrume de eternidade
Que o tempo me leve...onde meu corpo jaz
 
tempo

Meu corpo de Outono

 
Meu corpo de Outono

Meu corpo é terra retalhada...frio Outono
Morre aos poucos...na sombra dos meus dias
Nas cinzas eternas...onde caminha o sonho
Vive o desengano...no ontem de alegrias

Perdido na dor...meu corpo chora por mim
Invade meu peito...com o seu silêncio
Na sombra das palavras...na ausência de ti
É folha ressequida...nas cinzas do tempo

No adeus do meu corpo...vive a saudade
Na noite do meu olhar...uma surda agonia
Uma sombria escuridão...sem encontrar claridade
Nesta eterna mágoa...caminho sózinha...vazia

Perdeu-se no tempo...o ontem de felicidade
Esgotou-se na vida...nos anos...nos dias
Nos ressentimentos...perdeu-se a mocidade
No meu corpo vazio...ficaram as noites tão frias

No amargo gosto da solidão...escurece o dia
As madrugadas são feridas...no corpo...na alma
A noite tão escura...testemunha da minha agonia
Meu olhar é Inverno...bruma da minha mágoa

No vazio do meu olhar...arde a solidão
Dentro do peito...o grito da minha dor
Na memória...guardo o tempo...a ilusão
No meu corpo...guardo o silêncio do amor
 
Meu corpo de Outono

Palavras...apenas

 
Palavras...


Queria escrever lindas palavras de amor...mas estou tão cansada...a minha memória anoiteceu...as palavras soluçam...num canto dolente...atravessando o silêncio, nas palavras que ficaram no tempo...na distância do que somos...ecos mudos duma saudade...palavras cansadas do meu peito... ardendo na solidão...nas minhas lágrimas o sangue com que escrevo a memória...a mágoa...um canto de agonia dentro da alma...no amor que não existe...na rosa que o vazio murchou...sombra de palavras por dizer...olhares gélidos de esquecimento...no silêncio de um beijo...ausência de memória...dor cravada na negrura da noite, no coração do tempo...no abismo das páginas seladas...nas palavras a arder no peito...todo o passado dentro do presente...céu anoitecido...morrendo em mim...na obscuridade profunda...vive a palavra...a dor, nos recantos sombrios, onde o vazio se fez lágrima...bebendo o silêncio que se fez noite...rasgando o instante...no deserto dos meus olhos...entardecer de lembranças...numa ferida que não sara, na tristeza das palavras...no esquecimento do ontem...na mágoa que vive em mim.

Sou ave magoada...pelo vento arrastada
No instante do tempo...meu sonho voando
Pedaço do meu poema...folha rasgada
Palavras de sangue...que escrevo chorando

Há uma dor no meu peito...um grito sofrido
Nos meus poemas...sopram ventos de saudade
Sentimentos calados...amordaçados...doridos
No silêncio da noite...espero a claridade

Sou rosa desfolhada...que o tempo chora
Sufoco o grito...no meu peito em agonia
No meu coração...onde a ausência mora
Chora em mim a vida...chora a melancolia

RosaSolidão
 
Palavras...apenas

Magoada...ferida

 
Magoada...Ferida

Estou magoada...muito magoada...tão ferida...tão perdida...tudo e nada...entre o que sou e o que não quero...entre o sonho e a vida...o que sinto...conheço-me e desconheço-me...apenas uma passagem entre o céu e a terra...o nada que me escapa entre os dedos...olhos fechados ao horizonte...cativeiro de mim...alma esvaziada do que fui...do que sou...do que doeu...do que dói...apenas o vazio me acompanha...sentidos dispersos...ausentes...entrego-me à noite...sem alento...alma errante...vesti o silêncio...despojei-me de mim...já nada sinto.
Tão magoada...tão ferida...tão sem vida...sem chão...sem esperança...sem amanhã...sem mim...escuro túnel onde caminho sem chegar...tão vazio o abismo que percorro...tão negro.
Estou magoada...muito magoada...tão ferida...as palavras são noite sombria...punhal dilacerando o nada que me veste a alma...dos meus olhos caiem gotas de solidão...pedaços de vazio...das minhas mãos frias escorre o cansaço...preso na garganta um grito...tão profundo...queimando o peito...esta dor sem tempo.
Neste entardecer esperei o amor o carinho...mas na minha pele apenas este clamor eterno...no meu corpo o frio...vestida de nada...envolta em nada...louca...triste louca...quero envolver-me em mim...esquecer-ME.

Do outro lado de mim...jaz meu corpo tão ferido
Gota a gota...o tempo passa...tão negro e frio
No silêncio dos meu passos...o abismo percorrido
Quero rasgar-me em mil pedaços...esquecer o vazio

Sou a pedra do caminho...sou mulher...amordaçada
Sou fim de Outono...no meu corpo o silêncio de um grito
Sou a noite perdida...a fria dor da madrugada
Vesti o silêncio...despojei-me de mim...nada sinto

Vesti meu corpo de carinho...perdi-me de mim vazia
Vesti meus olhos de pranto...pintei-os de solidão
Vesti minhas mãos de silêncio...envolvi-as em nostalgia
Vesti meu peito de Outono...de espinhos meu coração

No fundo da noite...breu intenso...eterno
No fundo do tempo...uma solidão sem fim
No fundo de mim...o vazio do Inferno
Na recordação...o que sobrou de mim

RosaSolidão
 
Magoada...ferida

Mãos Vazias

 
Das minhas mãos...solta-se a esperança
Numa angustia de palavras proibidas
No silêncio que me queima...na lembrança
Tudo que sobrou...mágoas sentidas

No meu desespero...caminho nas palavras
Nos labirintos do coração...adormeço
Na sombra da noite mergulhei...tu não estavas
Fecho as portas ao sonho...volto ao começo

Trago na alma...a noite e o dia
No abismo profundo...do meu passado
Procuro a felicidade...na minha fantasia
Procuro-me na noite...que vive a meu lado

Sou noite..sou escuridão...alma errante
Nos sonhos perdidos...procuro o destino
Nesta incerteza...de sentir pulsante
Restos de vida...deixo pelo caminho

Queria acordar...emergir das sombras
Esquecer esta dor...caminhar
Noite escura...que em mim tombas
Faz-me acordar...deixar de sonhar

Amortalhei-me...no esquecimento
Numa ansia louca de infinito
Rompi os laços do sofrimento
Chora a tristeza...nos versos que grito
 
Mãos Vazias

palavras vazias

 
Palavras Vazias

Sou a voz do silêncio...o chorar do vento
Na eternidade da memória...sou a dor da vida
Nas palavras por dizer...vagam murmúrios do tempo
Nos braços da noite...caminho sozinha...perdida

Calo dentro de mim o vazio...o desalento
Apago a lembrança...no meu peito adormecida
Ficam as palavras...as lágrimas...meu tormento
No hoje... sem ontem...ficou a minha vida

Sou o que sobrou do tempo...noite sem luz
Escuridão do passado...agonia do presente
Da vida já nada espero...nada me seduz
Sou alma atormentada...que já nada sente

Deixo no vazio...minha existência...minha ilusão
Choro meu lamento...esperando o passar das horas
Sepultei minha dor...no fogo morto da paixão
No meu triste caminho...eternidade como demoras

As palavras ficaram...no meu coração magoado
Numa eterna despedida...minha alma chora por mim
Na madrugada que chega...o silêncio está a meu lado
Na escuridão da noite...na cama fria...não espero por ti

Eu canto o silêncio...na solidão da Primavera
Numa dor de ausência...a rasgar-me o peito
Neste vazio doloroso...onde ninguém me espera
No entardecer da saudade...onde me deito
 
palavras vazias

Sombras

 
Sombras

Nos meus olhos...há sombras sem nome
Sombras flamejantes de pensamentos
Na solidão que no mundo me coube
Nas palavras por dizer...de momentos

Nas sombras que povoam minha mente
De vozes distantes...que não sou eu
Numa dor...pressentida...fremente
Da vida... que em mim morreu

Vejo em sonhos...essa sombra que desce
No escuro da noite...na fria madrugada
Essa sombra negra...que não me esquece
Sombra da morte...na noite sepultada

Minha sombra...em gestos doloridos
É voz da minha dor...da minha queixa
Grita...murmura aos meus ouvidos
A solidão...que esta voz deixa

Na sombra da tristeza...vejo o tempo correr
Corre veloz...como a chama da vida
Solto minhas lágrimas...doi-me tanto viver
Corro contra o tempo...em despedida

Minha alma...de negro vestida
Sepultada...com os sonhos...emoções
Na bruma do tempo...esqueço a vida
Na sombra de mim...enterro as ilusões

Nas sombras da noite...estendo a mão
Afasto os fantasmas que estão em mim
Sombras da minha sombra...são escuridão
São negro céu...abismo sem fim

RosaSolidão
 
Sombras

Silêncio

 
Silêncio...de repente há tanto silêncio...como um grito mudo...sepultando o último gemido...a última letra dum poema...o ultimo nome...o derradeiro verso...a última rosa morrendo...o último sonho de amor...o derradeiro grito de vida.
E de repente...há tanto vazio nos meus passos...tanta rua escura...tanto labirinto sem saída...tantos gritos sem voz...tantas sombras no meu olhar...tantos fantasmas na noite...tantas noites nos dias...tantos sonhos morrendo...e de repente...eu morrendo...neste vôo para além do sonho...neste vazio para além dos braços...perto do nada e para além de tudo.
E eu sempre esperando à margem da vida...para além da dor...para além das mãos...nuas...cheias de nada...vestidas de Vento...esperando...apenas esperando...na escuridão das sombras....chorando silêncios.
E de repente...o amanhecer anoiteceu...envolto nas brumas do meu olhar...que se fez rio esperando um navio que nunca vai chegar...uma história que nunca vai ser escrita...um poema que nunca vai ser cantado...e de repente...as palavras fizeram-se silêncio...o silêncio fez-se saudade...o grito fez-se morte...e eu esperando...entre a noite e o vazio...entre e vento e a tempestade...esperando...no cais da solidão.
E de repente...o meu corpo fez-se grito...vestiu-se de ausência...abraço eterno de Outono...perdido no esquecimento...fez-se espera...cansaço do tempo...vestido de abandono...morto antes da morte.
E de repente...o céu escureceu...o tempo vestiu-se de luto...o silêncio dedilhou uma marcha fúnebre...os poemas calaram-se...as rimas entoaram um pranto triste...a noite veio adormecer no meu peito...as sombras...as minhas eternas sombras...dançaram a última valsa...antes do fim...em silêncio.

O tempo não volta...a distância é um grito na imensidão
Os meus restos jazem...com os meus sonhos amortalhados
Vestiram cetim...hoje moribundos...vestem-se de solidão
Alimentam-se de desenganos...vivem no limbo...estilhaçados

Calo os anseios...amortalho os desejos...amordaço o peito
Rasgo as palavras...que me rasgam o corpo...e anoiteço
Há um grito amargurado...na solidão onde me deito
Mergulhada no abismo...escrevo na alma...este silêncio

Há um grito voando...perdido na noite...perdido de mim
Foi um grito...que lancei ao Vento...na fria madrugada
Esperei no vazio do meu coração...uma palavra de ti
Esperei em silêncio...esperei...tão triste...tão magoada

Vazios os braços...frias as mãos...no olhar a escuridão
Nas folhas secas...entrego meu corpo no Vento...despida
A memória vazia...o fim do dia...o fim da noite...a solidão
A voz da madrugada...gritando em silêncio...a despedida

Sonhadora
 
Silêncio

Vazio

 
O vazio permanece...mais presente que nunca, doendo na alma..no coração...roubando a esperança... num tempo em que o esquecimento permanece na dôr...presença constante da solidão, companheira inseparável da saudade...ferida doendo no vazio de um momento...de uma vida...na ausência do presente...sem futuro...nas noites torturadas de espera...fragmentos de bocas sem voz...abismo sem sonho...amanheceres solitários, permanente busca das horas...sempre vazias...na eternidade das noites...no frio dos dias, buraco negro, onde vaga minha alma triste...mágoa permanente, sob a linha do silêncio...mordaça na teia do destino, que tece a escuridão, num infinito de eternidade...vazio de vontades...no nada que o vazio carrega...no ontem de palavras, ferindo o amor...acorrentado ao tédio...dentro do meu grito, como poema doendo no meu peito...sangrando silenciosamente na voz da noite, escorrendo nas lágrimas do meu corpo...eterno infinito de momentos amargos, numa estrada de vazio...dores e mágoas...percorrendo a ausência...na sombra da noite, desejos e angustias, vagam na alma e no pensamento...ecoando o vazio...nos becos escuros da minha espera...caminhando desnuda...nas lágrimas do meu corpo...sem destino...vagando nas noites longas, nos olhares sombrios...rasgando o silêncio que mora nas palavras vazias...no infinito do tempo.

Há dor e cansaço...no meu vazio coração
Nas minhas noites...nada terno...nem um beijo
Na minha cama...já não arde a chama da paixão
Ficou perdido no tempo...o amanhecer do desejo

Na bruma dos meus olhos...um grito uma saudade
Há solidão e vazio...na noite onde me deito
Na dor da minha voz...no meu corpo sem idade
Nas folhas secas...que caiem do meu peito

Na noite...desenhei as memórias...cinzas do tempo
Luar que se apagou...na sombra do meu olhar
Há um muro de silêncio...nas palavras...no vento
Na dor da minha alma...no meu peito a latejar
 
Vazio

Sem te ter

 
Sem te ter

Sonho-te...espero-te amor...sem te ver...sem te ter
Guardo-te no meu peito...escrevo-te em verso...em prosa
Escrevo desejo...choro a paixão...neste querer não poder
Visto meu sonho de seda...renasço em ti...faço-me rosa

No meu sonho...há carícias mudas...palavras de amor
Leve...tão leve...a tua mão...afagando a solidão
Meu refúgio eterno...o teu olhar...despe-me a dor
Leve...tão leve...o teu sorriso...aquece-me a escuridão

Sonhei o amor...a ternura...a tua boca num beijo
Toquei-te...sem te tocar...amei-te...sem te ter
Na noite sem fim...sonhei-te...vesti-me de desejo
Perdido no teu olhar...o meu sonho a amanhecer

És o meu poema...amante prometido...meu amor
És o meu sonho...a ternura do meu coração
És a esperança breve...minha carne...minha dor
És o meu segredo...minha loucura...minha ilusão

Sou solitária sonhadora...meu amor voa no Vento
Docemente...embalo meu sonho...na tua doce magia
Nas palavras...no silêncio...está todo o sentimento
Nas tuas mãos...o meu corpo...envolto em poesia

Sou o sonho...o desejo...o mar do teu corpo
Sou o silêncio...o pecado...a noite...a paixão
Sou a flor...sou o beijo...a ternura...amor louco
Sou a madrugada...teu momento...emoção

RosaSolidão
 
Sem te ter

Profundo de mim

 
Caminho em vales de águas profundas
Minha alma anoitece...nas lágrimas que choro
No infortúnio onde navego...nas preces mudas
No breu da minha solidão...por ti morte imploro

Morre a tarde...dobram os sinos...alma moribunda
A esperança agoniza...no meu olhar...na minha voz
No meu coração...solta-se uma mágoa profunda
Tomba em mim a noite...minha amante...meu algoz

Fria, lenta...esta agonia...abismo sem fim
Tempo sem tempo...infinito de solidão
Negra noite...negro destino...onde me perdi
Nesta dor sem tréguas...amortalhei o coração

As horas caiem...no meu silêncio...meu entardecer
É Inverno na minha alma...chove no meu olhar
Sinto o frio...na sombra dum sonho a morrer
Gritando dentro de mim...uma dor a soluçar

Sopra na minha alma na noite sombria
Uma dor lancinante...um medo de viver
Um peso que guardo em mim...lenta agonia
Um querer...não querer...o nascer do dia

Minha poesia...desliza dos meu dedos...em oração
Gritando as dores...o infortúnio...minha saudade
Memória sem memória...rima esquecida no chão
Folha morta do meu ser...na minha alma...a eternidade
 
Profundo de mim

Silêncio

 
A noite desce devagar, entranhando-se no meu silêncio...a minha mão anoitece nas letras que escrevo...meus olhos sem luz estão cansados, o papel onde escrevo é negro, como os pensamentos que me guiam a mão...procurando letras de ternura que não sei escrever...estou morta...os meus sentidos morreram...num espaço deserto, no limite do céu...na mortalha feita de nuvens da minha ilusão, no meu corpo envelhecido pelo tempo....amargo no silêncio eterno...um instante apenas onde meu coração escuta o silêncio do sepulcro...num deserto onde houve flores...derradeiras pétalas que tombam, sobre o que sobrou de mim...nas sombras que caminham na obscuridade...há uma ternura breve...depois o nada...a treva...o abandono de mim.
No esgotamento final...tão longo...tão doloroso, num grito de dor, raiando o horizonte onde o sol escurece, no meu corpo por amanhecer, como um fogo de ruína...restos de um incêndio...terra morta num tempo de aridez, na noite que me devasta, na infínitude do destino...na obscura condenação do vazio...nos recantos da sombra...onde fiquei só...nos meus sonhos...no limite do silêncio...nos sons breves de palavras, que estremecem na noite...sem destino, nas memórias antigas...apodrecidas, desfazendo-se em cinza, numa nudez gelada...chorando o meu corpo...em desespero...no limiar do tempo...nos olhos do passado...afundo-me na escuridão sem fim, onde escorre meu sofrimento, no espaço vazio do TU e EU, infinito morto em mim...na memória cansada, como espelho embaciado...a olhar a vida...uma imagem no silêncio...no céu que escurece...na sucessão dos dias...na angustia deste vazio...onde o passado e o presente choram em mim...na tristeza dos meus olhos, vestidos de Outono, vagando na melancolia...são escárnio do meu silêncio...memória da minha loucura, na sombra do tempo que morreu, na nostalgia da eternidade.
 
Silêncio

Apenas Cansaço

 
Apenas cansaço...


Apenas um cansaço, um abandono à solidão, um rasgar de sentimentos que já não existem...os sonhos...a vida a dois que ficou nas palavras...não ditas...na mágoa profunda que os anos deixaram...num amor que é passado...num presente que é apatia, um muro construido lentamente, dia após dia, separando toda uma vida, temendo a noite, que me deixa frente a frente, com a realidade...num corpo vazio de paixão... morto. Numa luta de silêncios, num caminhar só, no coração que não sente nada, num vazio de lembranças apenas...do tempo...do ontem...na alma e no corpo... o nada, nos momentos obscuros que me seguem, me prendem, na rua vazia do meu abandono, num diálogo de cinzas, na névoa do tempo...onde estás ausente, nas palavras...no pensamento, na distância infinita da indiferença, no desejo morto...na amargura do tempo, na morte secreta do abismo de memórias apagadas, nas palavras amargas...inertes esperando no vazio, na tortura do tempo...na cinza dos olhos, que já brilharam...hoje são treva...sombra de silêncio, nas lágrimas que caiem docemente, na noite imensa do meu desespero, nas madrugadas que se perderam no tempo...no vazio da ternura, sem um sopro de esperança, nas mãos vazias...no refugio da solidão fria, que vive comigo...num muro eterno, que restou do esquecimento... dos sonhos...que o tempo esfumou, nas sombras que trazem a saudade, agonizando num passado de indiferença e desencanto...nos gritos contidos...no obscuro infinito, da errante noite do meu caminho.

Nas memórias da noite...tenho a tua ausência
Neste Outono que me veste...deixo meu abandono
Neste caminho sem fim...nesta triste dolencia
Neste tempo, sem tempo...neste sofrer sem retorno

O meu cansaço...mora no tempo, na eternidade
No silêncio calado...na escuridão das horas
Desencontrada entre a bruma e a claridade
Na linha do horizonte...onde tu solidão moras

Sou da morte a sombra...no descanso que tarda
Na noite tu me segues...além do pensamento
Sou a sombra que te segue...esperando o momento
De encontrar na eternidade...a luz da madrugada

Minha vida incerta, dolorosa...caminho sem volta
Na profunda solidão...tão perdida, tão carente
No meu grito...toda a dor...toda a revolta
Nesta saudade de mim...nesta mágoa fremente

RosaSolidão
 
Apenas Cansaço

Meu Poema

 
Meu Poema

No meu poema...há o silêncio da noite...a escuridão
Há saudade...há lembranças...minha amargura
Instante eterno...intensa dor...negra solidão
Meu poema é rima triste...noite escura

Meu poema...escrito a sangue...abismo fundo
Na tua presença...há uma ausência sem fim
Há um frio que sufoca...um grito profundo
Há um latejar...um corpo perdido...de mim

Bebo o veneno da tristeza...em copo de esquecimento
Perdida no meu poema...uma lágrima de amor
Esperando na noite...o cálice do sofrimento
Caminhando na treva...vagando na minha dor

O meu rosto sombrio...traz em mim o anoitecer
No meu peito cheio de mágoa...chora a solidão
Perdido na memória...ficou o meu querer
Na rima dum poema...escrevo a desilusão

Há na minha voz um lamento...um grito de dor
Um choro de saudade...vaga amargura
No meu poema...a sombra de um amor
No meu peito...um sonho...noite escura

Sempre esta solidão...esta sombra...este vazio
Sempre este silêncio...desenhando meu poema
Sempre esta tristeza...as lágrimas...este frio
Sempre a noite...sempre esta dor que me queima

RosaSolidão
 
Meu Poema

Perdida de MIM

 
PERDIDA DE MIM

Há em mim o vazio da noite...as minhas mãos continuam vazias...o meu coração está morto...é pedra fria...esperando na noite que morra o dia...esperando em mim o esquecimento...nas palavras contidas na sombra...vazio de um tempo que foi partilhado...que hoje é lágrimas apenas...traços de passado escorrendo por entre os meus dedos...dias gastos...cravados em mim...amargos...sabor a sangue...alma sombria...a rasgar-me o peito um grito...a tortura da ausência...terra seca de sentires...mortos na dor...nos enganos...nas sombras que em mim se encerram...sombras de morte...jazendo em mim...sem regresso...perdida nas lembranças...caminhando no abismo...só...rasgando-me o corpo e a alma...num rosto cansado...na noite que em mim mora...na solidão que sou...na saudade de quem fui...no céu que chora em mim...na distância que nos separou...tempo somente...agreste...na memória um frio de Inverno...manto negro, onde me choro nas madrugadas...que são noite...destroços amargos...trago de fel...mágoas que escorrem das minhas mãos vazias...nos meus olhos tristes de saudade...sem palavras...sem gestos...refém da vida...refém de mim...na eternidade que chamo...grito profundo...numa dor que é eterna...esquecida no tempo...perdida de mim.

Repousa em mim o silêncio...num corpo despido de vida
Momentos efémeros...fazendo do tempo cansaço
Dormência perpétua...pedaço de terra revolvida
Mais uma noite...no corpo vazio...nem um abraço

A solidão sou eu...vivida...presa em mim
Perdida no vazio...esquecida de ser...quem sou
Olhos fechados à vida...na ausência de estar aqui
Enterrado na memória...um sonho que se esfumou

Tanta longura...céu azul...que a vida enegreceu
Sofocante imensidão...na alma...um grito amordaçado
No limite da dor...quem eu fui...no meu peito morreu
O meu coração cansado...chora a vida...chora o passado

Sou flor morta...abismo da minha dor
Fui rosa em botão...no jardim da felicidade
Hoje flor perdida...neste Inverno de amargor
Onde ficaste vida...folha esquecida...só saudade

RosaSolidão
 
Perdida de MIM